Corrupção na Petrobras se tornou 'sistêmica' com o PT, diz Delcídio do Amaral

Publicado em 17/05/2016 09:26

 

Corrupção na Petrobras se tornou 'sistêmica' com o PT, diz Delcídio do Amaral

Um dos principais delatores da Operação Lava Jato, o senador cassado Delcídio do Amaral (sem-partido-MS) afirmou nesta segunda-feira que o PT tornou "sistêmica" a corrupção na Petrobras e que o PMDB teve papel "proeminente" no petrolão. O ex-líder do governo, que teve o mandato cassado por quebra de decoro na última terça-feira, fez as declarações no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Segundo Delcídio, já havia corrupção em estatais em governos anteriores ao PT, mas com a chegada da legenda ao poder "começou a haver uma espécie de atuação sistêmica nas diretorias e atuação partidária muito mais ampla, concatenada, com participação das principais lideranças partidárias que compunham a base do governo Lula e Dilma. Deu no que deu".

A respeito do PMDB, Delcídio disse que o partido teve uma "posição proeminente" nos desvios em estatais. O senador cassado afirmou que a participação de caciques peemedebistas no esquema "vai aparecer nitidamente" nas investigações da Lava Jato e citou o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) - a quem chamou de "cangaceiro" -, o senador licenciado e agora ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

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Cassado, Delcídio acusa Renan de 'gangsterismo'

Após ser cassado pelo plenário do Senado em votação que teve 74 votos favoráveis e nenhum a favor, o ex-senador Delcídio do Amaral atacou o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em nota divulgada na noite de ontem e assinada por Delcídio e seus advogados, Antonio Figueiredo Basto e Adriano Bretas, o ex-líder do governo Dilma no Senado acusou Renan de "gangsterismo" e de agir "de forma sorrateira e desleal" ao condicionar a votação do impeachment da presidente à votação do processo de sua cassação no plenário da Casa.

Delcídio atira contra o peemedebista porque a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado havia aprovado, na reunião em que deveria votar o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), um requerimento do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) que pedia à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) o envio à CCJ do aditamento da denúncia contra Delcídio, feito na semana passada.

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Delcídio: “Lula comandava o esquema”

O senador Delcídio do Amaral participou do maior ato político da história do país. No domingo 13, ele pegou uma moto Harley-Davidson, emprestada do irmão, e rumou para a Avenida Paulista, onde protestou contra a corrupção e o governo do qual já foi líder. Delcídio se juntou à multidão sem tirar o capacete. Temia ser reconhecido e hostilizado. Com medo de ser obrigado pela polícia a remover o disfarce, ficou pouco tempo entre os manifestantes, o suficiente para perceber que tomara a decisão correta ao colaborar para as investigações. "Errei, mas não roubei nem sou corrupto. Posso não ser santo, mas não sou bandido." Na semana passada, Delcídio conversou com VEJA por mais de três horas. Emocionou-se ao falar da família e ao revisitar as agruras dos três meses de prisão. Licenciado do mandato por questões médicas, destacou o papel de comando de Lula no petrolão, o de Dilma como herdeira e beneficiária do esquema e a trama do governo para tentar obstruir as investigações da Lava-Jato. O ex-líder do governo quer acertar suas contas com a sociedade ajudando as autoridades a unir os poucos e decisivos pontos que ainda faltam para expor todo o enredo do mais audacioso caso de corrupção da história. A seguir, suas principais revelações.

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Fonte:
Veja

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