Redução na oferta traz perspectiva positiva para o boi gordo, frango e suíno vivo
Boi Gordo: Mercado com mais especulação e poucos negócios
Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria
Mercado do boi gordo típico de segunda-feira, baixa movimentação e poucos negócios realizados.
No panorama geral, há mais especulação no mercado, tanto por parte dos pecuaristas quanto dos frigoríficos.
Em São Paulo parte das indústrias está fora das compras.
A oferta de animais terminados está menor, quando comparada à das semanas anteriores. As programações de abate atendem em torno de três a quatro dias.
Nas praças de Araçatuba-SP e Barretos-SP o boi gordo está cotado em R$153,50/@ e R$153,00/@, à vista, respectivamente. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve valorizações de 3,4% e 3,1%, na mesma ordem.
No mercado atacadista de carne com osso o escoamento continua lento. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,12/kg, queda de 3,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
A expectativa é de que o volume de negócios realizados aumente com o decorrer da semana.
Frango Vivo: Semana começa estável, mas redução na oferta traz perspectiva positiva
Por Larissa Albuquerque
As cotações do frango vivo no mercado independente fecharam estáveis nesta segunda-feira (16), no entanto, a redução na oferta já observada desde o final de semana anterior, traz uma boa perspectiva para os negócios nos próximos dias.
Na semana passada, os preços exibiram leve recuperação com o incremento da demanda de início de mês, mas a oferta ainda superou a necessidade do mercado e impediu valorizações mais significativas.
Na praça de Minas Gerais, em sete dias de negócio foi possível observar três reajustes positivos, passando de R$ 2,35/kg para R$ 2,55/kg. Com a valorização de R$ 0,20 - no período - a cotação em Minas volta a superar o mercado paulista.
Em São Paulo, o valor de comercialização do animal vivo está em R$ 2,50/kg, seguida do Rio Grande do Sul que registra R$ 2,45/kg e de Paraná e Santa Catarina, que tem o menor valor, R$ 2,46/kg, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a recuperação das cotações é decorrente dos estados produtores da Região Sul terem deixado de disponibilizar seus excedentes de oferta em algumas praças. “Nos locais onde essa prática se manteve, contudo, como nas regiões Norte e Nordeste, os preços acabaram caindo bem durante a semana”, completa.
Assim, o analista considera possíveis, no curto prazo, avanços nas cotações do frango vivo com exceção dos estados das regiões Sul e Norte/Nordeste, onde as cotações devem seguir pressionadas pelo maior quadro de oferta.
Embora as perspectivas sejam positivas a relação de troca do avicultor frente ao milho ainda preocupa. Segundo apuração da Scot Consultoria, Atualmente, em São Paulo, é possível comprar 2,98 quilos de milho grão com o valor de um quilo de frango. “Esta é a pior relação de troca observada em 2016”, afirmam.
Como fator positivo, o desempenho favorável das exportações de carne de frango brasileira colaborou para redução da oferta interna, fazendo os preços das carnes resfriada e congelada se manterem em alta desde o início de maio, segundo o Cepea.
Exportações
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), até a segunda semana de maio – 10 dias úteis - o país exportou 170,4 mil toneladas de carne de frango 'in natura', com uma média de 17 mil t/dia.
Considerando o igual período de abril/16 e maio/15, o volume corresponde a uma queda de 10% e aumento de 16,8% respectivamente.
Em receita, os embarques resultaram um saldo de US$ 250,3 milhões - equivalente a US$ 25 milhões/dia.
Nos 12 meses encerrados em abril de 2016 o volume de carne de frango exportado pelo Brasil aumentou pouco mais de 11%. E embora a média diária deste mês esteja em queda esses números não devem apresentar à frente um retrocesso significativo, uma vez que maio corrente tem um dia útil a mais.
Suíno Vivo: SP e RS registram alta de preço nesta 2ª feira
Por Larissa Albuquerque
As praças de São Paulo e Rio Grande do Sul registraram aumento no valor de referência para essa semana. Esse cenário é decorrente de uma demanda mais efetiva nos últimos dias, principalmente em função da comemoração do Dia das Mães.
Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas no Rio Grande do sul, a bolsa de suínos indicou alta de R$ 0,20 na referência, passando de 3,10/kg para R$ 3,30/kg. Enquanto que a cotação agroindustrial média do suíno ficou em R$ 2,78/kg.
Em São Paulo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) informou alta de R$ 0,32 no quilo do animal vivo. Assim, os negócios no estado saíram de R$ 3,15/kg para R$ 3,47/kg neste início de semana.
“As vendas de carcaças in natura para o comércio de São Paulo estão indo num ritmo bom, devolvendo satisfação ao setor, pois isso mostra a consolidação de uma melhora, independente da época do mês. Inclusive os frigoríficos têm procurado reputar novos preços aos seus produtos, visando recompor suas margens", informou em nota.
Em Minas Gerais, a pesquisa de mercado Mercominas sinalizou que na semana passada 77% dos negócios foram fixados no valor da Bolsa de Belo Horizonte a R$3,25 e 6% acima deste valor, indicando uma tendência de alta para esta semana, o que pode ser confirmado também por outras praças.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, "a tendência para o curto prazo é de que os preços continuem nos mesmos patamares registrados na semana”, afirma. Ainda assim, a situação segue complicada no mercado interno, "por conta dos altos custos de produção, mas ao menos o setor conseguiu estancar um pouco as perdas", completa.
Exportações
O desempenho dos embarques brasileiros segue positivo neste mês. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), até a segunda semana de maio (10 dias úteis) o país exportou 27,2 mil toneladas de carne suína 'in natura', com uma média de 2,7 mil t/dia.
Considerando o igual período de abril/16 e maio/15, o volume corresponde a um avanço de 3% e 33,8% respectivamente.
Em receita, os embarques resultaram um saldo de US$ 54,4 milhões - equivalente a US$ 5,4 milhões/dia.
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