Milho: Na BM&F, cotações têm nova alta no pregão desta 2ª feira e setembro/16 chega a R$ 43,38/saca
Os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa operam em campo positivo no pregão desta segunda-feira (16). As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,39% e 2,01%, por volta das 12h27 (horário de Brasília). O vencimento maio/16 era cotado a R$ 51,70 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 43,38 a saca, com alta de 1,59% e próximo de R$ 43,50 a saca. Na última sexta-feira (13), a posição fechou a R$ 42,84 a saca, com ganho de 2,10%.
Ainda nesse início de semana, o Cepea reportou que o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, base Campinas (SP), subiu 3,3% na última sexta-feira e encerrou o dia a R$ 51,70 a saca, um recorde nominal. "A menor oferta de milho no mercado brasileiro e incertezas quanto ao desenvolvimento da segunda safra vêm impulsionando as cotações do cereal, especialmente no Sul do país", informou o centro em nota.
As lavouras do cereal sofreram com o tempo seco e com as altas temperaturas registradas ao longo do mês de abril, nas principais regiões produtoras. Diante desse quadro, há muitos relatos de quebras e alguns analistas e consultorias já projetam as perdas acima de 10 milhões de toneladas para essa safrinha. Na semana anterior, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reduziu de 57,13 milhões para 52,9 milhões de toneladas a estimativa para a produção.
O cenário também tem dado suporte aos preços no mercado interno. Na última semana, os valores domésticos subiram até 14%, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
Dólar
Enquanto isso, o dólar, outro importante componente na formação de preços, trabalha com volatilidade neste início de semana. Após abrir o pregão em alta, a moeda recuou e, por volta das 12h40 (horário de Brasília), exibia leve queda, de 0,37%, cotada a R$ 3,5105. A oscilação é decorrente da espera por parte dos investidores sobre o anúncio da nova equipe econômica do presidente Michel Temer. As informações deverão ser divulgadas nesta terça-feira (17).
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho voltaram a trabalhar do lado positivo da tabela ao longo da sessão desta segunda-feira (16). As principais posições do cereal exibiam ligeiras altas entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 12h47 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era negociado a US$ 3,91 por bushel e o setembro/16 a US$ 3,94 por bushel.
Focados no andamento da safra dos Estados Unidos, os investidores seguem de olho nas informações sobre o comportamento do clima e na expectativa do novo relatório de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado no final desta segunda-feira. "O clima e as perspectivas em relação a possíveis atrasos nos trabalhos nos campos continuam a serem temas dominantes", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures.
A projeção é que o USDA indique a semeadura do grão completa em 74% da área estimada. Até na semana passada, os produtores já tinham semeado cerca de 64% da área projetada para o plantio de milho. Ainda hoje, o órgão reportou a venda de 128 mil toneladas do cereal para a Coreia do Sul. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16.
Já os embarques do milho somaram 1.110,6 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 12 de maio. O número ficou dentro das expectativas dos participantes do mercado entre 1 milhão a 1,2 milhão de toneladas do cereal. As informações foram divulgadas pelo departamento norte-americano.
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