Soja: Preços em Chicago registram, nesta 6ª feira, nova sessão de realização de lucros

Nesta sexta-feira (13), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade às baixas registradas no pregão anterior e, mais uma vez, atuam em campo negativo. As posições mais negociadas perdiam, por volta das 7h50 (horário de Brasília), entre 10,50 e 11,25 pontos. Assim, o julho/16 era cotado a US$ 10,61 por bushel, enquanto o seguinte - o agosto/16 - vinha com US$ 10,63. 

Essa nova realização de lucros acontece depois de uma semana que começou bastante positiva, com uma disparada de 50 pontos das cotações respondendo aos últimos números do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última quarta-feira (10). Além disso, baixos números das vendas semanais para exportação dos EUA reportados ontem também pesaram sobre as cotações. 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Na Bolsa de Chicago, após sessão de volatilidade, soja fecha em queda nesta 5ª feira

O mercado internacional da soja fechou a sessão desta quinta-feira (12) em campo negativo. Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa terminaram o dia perdendo entre 5 e  pontos nos principais vencimentos, levando o julho/16 a encerrar os negócios com US$ 10,72 por bushel. Durante o andamento do pregão, o recuo entre as posições eram ainda mais intensos e passavam dos 10 pontos. 

Mais cedo, os positivos fundamentos da soja vinham falando mais alto, provocando fortes altas para a oleaginosa. No entato, os números das vendas semanais reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta vieram abaixo do esperado pelo mercado e decepcionaram os traders, além de pesar sobre as cotações. 

Na semana encerrada em 5 de maio, as vendas de soja dos EUA totalizaram 219,30 mil toneladas, com expectativas do mercado que variavam de 675 mil e 950 mil toneladas. Foram 212,40 mil toneladas da safra 2015/16, volume 74% menor do que o registrado na semana anterior. A Indonésia foi o principal destino. Já na safra 2016/17 foram vendidas 6,9 mil toneladas com o Canadá sendo o maior comprador. 

Já para os derivados, números dentro do esperado. As vendas semanais de farelo totalizaram 143,10 mil toneladas, com projeções de 175 mil a 325 mil toneladas. Na safra 2015/16 foram comercializadas 115,3 mil toneladas, com queda de 25% em relaçao à semana anterior, e mais 27,8 mil toneladas do próximo ano comercial. Já os números de óleo de soja somaram 16,7 mil toneladas da temporada 2015/16. O mercado apostava em 5 mil a 25 mil toneladas.

Além disso, há ainda a previsão climática nos Estados Unidos acentuando a volatilidade entre os negócios do mercado de grãos em Chicago. Há algumas chuvas mais intensas chegando ao Meio-Oeste americano, em importantes estados produtores, porém, os próximos dias, de acordo com consultorias internacionais, deverão ser de tempo mais seco e favorável para o plantio. 

No Brasil

No Brasil, com essa volatilidade em Chicago e pouca movimentação do dólar - que testou alguma elevação, mas ainda atuando abaixo dos R$ 3,50 - o dia foi de poucos negócios. 

No porto de Rio Grande, a soja disponível caiu 0,58% para R$ 86,00 por saca, enquanto o futuro subiu para R$ 89,00 e alta de 1,14%. Já no terminal de Paranaguá, ganho de 0,58% para R$ 86,50 por saca, enquanto no mercado futuro, soja com embarque para março do ano que vem, o avanço foi de 1,14% para R$ 89,00 por saca.