Milho: Com suporte do dólar, preços têm nova alta na BM&F e set/16 se aproxima dos R$ 42/sc nesta 5ª feira
Nesta quinta-feira (12), os futuros do milho trabalham em campo positivo na BM&F Bovespa. Perto das 12h52 (horário de Brasília), os principais contratos do cereal registravam valorizações entre 0,35% e 1,06%. A posição setembro/16, referência para a safrinha, era cotada a R$ 41,94 a saca, bem próximo dos R$ 42,00. Apenas o contrato julho/16 exibia leve queda, de 0,33%, a R$ 46,00 a saca.
Os preços acompanham a movimentação positiva observada no câmbio, segundo reportam os analistas. A moeda norte-americana era negociada a R$ 3,4963 na venda, com ganho de 1,47%, por volta das 12h50 (horário de Brasília). O movimento é reflexo da aprovação do Senado do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, por 55 votos a favor e 22 contra. O Banco Central também está atuando no mercado de câmbio de hoje.
Fora isso, os analistas ainda acompanham as informações sobre o andamento da safrinha brasileira. Ainda ontem, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou a safrinha em pouco mais de 52 milhões de toneladas, contra as 57,13 estimadas em abril. O quadro é decorrente das perdas expressivas registradas em muitas regiões produtores, especialmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e leste de Mato Grosso, uma consequência da falta de chuvas.
Diante desse cenário, os especialistas sinalizam que as cotações devem se acomodar em patamares mais baixos com a entrada da safrinha no mercado. Porém, até a colheita, os preços deverão continuar sustentados frente à oferta restrita no mercado interno.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho dão continuidade ao movimento positivo ao longo do pregão desta quinta-feira (12). As principais posições da commodity exibiam leves ganhos entre 0,50 e 3,75 pontos, por volta das 12h50 (horário de Brasília). O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,74 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,88 por bushel.
Segundo informações do analista e editor do portal Farm Futures, Bryce Knorr, o movimento de realização de lucros terminou rapidamente, já que os compradores retornaram os futuros dos grãos. Além disso, os números das vendas para exportação, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), também dão sustentação aos preços do cereal, conforme dados das agências internacionais.
Na semana encerrada no dia 5 de maio, as vendas de milho somaram 1.255,7 milhão de toneladas. Do total, 1.105,3 milhão de toneladas referentes à temporada 2015/16 e, as 150,4 mil toneladas restantes da safra 2016/17. O volume indicado ficou dentro das projeções dos participantes do mercado, que giravam entre 1.075 milhão a 1.525 milhão de toneladas, de acordo com dados do Pro Farmer.
Por outro lado, o departamento também reportou a venda de 210 mil toneladas de milho para a Arábia Saudita. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. Essa é a segunda operação divulgada essa semana, já que na última segunda-feira (9), o país vendeu 290 mil toneladas do cereal.
Em torno de 170 mil toneladas foram adquiridas pelo Japão e, o restante, de 120 mil toneladas por destinos desconhecidos. Ambos os volumes também deverão ser entregues na temporada 2015/16.
Do lado fundamental, os analistas reforçam que, nesse momento, o foco do mercado é a evolução da safra norte-americana e o comportamento do clima no país. Inclusive, essa deve ser tônica do mercado nos próximos 70 dias. E, pelo menos por enquanto, cerca de 64% da área projetada já havia sido cultivada, até o último domingo. Conforme números oficiais divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "As previsões climáticas indicando chuvas ainda oferecem algum apoio, já que o plantio pode atrasar até o fim da semana ou na próxima semana", afirmou Bob Burgdorfer, do site Farm Futures.
"Até o momento temos um bom plantio nos Estados Unidos, mas precisamos olhar o clima. Até agosto a safra norte-americana está em aberto", disse Paulo Molinari, analista de mercado da Safras & Mercado, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
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