Suíno Vivo: Semana encerra com desvalorização no PR e RS
A semana encerra com queda de R$ 0,05 (1,75%) na cotação do Paraná. Nesta sexta-feira (06) a APS (Associação Paranaense de Suinocultores) informou que a referência dos negócios fechou em R$ 2,81/kg pago ao produto independente, contra o R$ 2,86 praticado anteriormente.
Na semana passada, o levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas apontou que a maior queda foi registrada na praça paranaense, quando a referência cedeu 5,92%. Esse cenário, no entanto, não é igualmente observado no mercado integrado. De acordo com boletim Cepea, apenas no Paraná o preço do animal vivo registrou ligeira recuperação nos últimos dias, "influenciados pela posição mais firme de vendedores", relatou em nota.
Na segunda-feira (02) o preço do suíno vivo pago ao produtor independente do Rio Grande do Sul sofreu nova baixa. De acordo com a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a queda foi de R$ 0,02 (0,65%) deixando a cotação em R$ 3,05/kg posto indústria.
Em São Paulo o consumo de início de mês e do feriado de dias das mães não foi capaz de elevar as referências, mas manteve o mercado ajustado. O levantamento da Scot Consultoria mostrou um equilíbrio entre a oferta e demanda, apesar disso o poder de compra dos suinocultores paulistas chegou ao pior patamar do ano.
"A demanda apresentou ligeira melhora nos últimos dias, mas os compradores ainda têm buscado deixar seus estoques mais enxutos", declara a Consultoria.
A bolsa de suíno de São Paulo optou por manutenção nas cotações nesta semana, com preços entre R$ 58 e R$ 59/@ – o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo. A expectativa da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos), no entanto, é de melhora na referência em função da queda na temperatura, primeira quinzena do mês e feriado de dia das mães. Em relação ao início do mês passado, porém, houve queda de 3,3% nos preços.
Nas demais praças também não houve alterações nas cotações. De acordo com o levantamento semanal do Notícias Agrícolas, em Santa Catarina o mercado independente trabalha com valor de R$ 3,00/kg. Em Goiás e Minas Gerais a referência está em R$ 3,25/kg. Já no Mato Grosso do Sul os negócios acontecem em R$ 3,45 o quilo do animal vivo.
O excesso de oferta continua sendo um dos principais fatores de pressão nas últimas semanas. O fator positivo nos fundamentos é a melhor da demanda com a chegada do frio, início de mês e feriado de dia das mães, que freio à queda nas cotações de algumas regiões.
Ainda assim, a oferta se mantém superior ao consumo. Havia uma expectativa de aquecimento na demanda interna e de melhora nas exportações, o que levou o setor a ampliar a oferta de animais. A exportação, por um lado, vem correspondendo, mas o consumo interno, por outro, permanece enfraquecido, o que ajuda a pressionar as cotações", explica o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.
>> Porto Rico abre mercado para a carne suína do Brasil
Exportações
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados na segunda-feira (02) apontaram um aumento de 47,1% nos embarques e 16,9% na receita com a carne suína 'in natura' em abril, na comparação com o ano passado.
As vendas externas no período totalizaram 52,9 mil toneladas, 47,4% mais que as 35,9 mil toneladas embarcadas em abril de 2015, mas abaixo das 56,7 mil toneladas (-6,7%) de fevereiro. A receita somou US$ 100 milhões, alta de 16,9% ante os US$ 85,5 milhões registrados no mesmo período do ano passado e de 1% ante os US$ 99,2 milhões de março. No mês passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 1.890,1 ante US$ 1.747,8 em março e US$ 2.379,1 em abril de 2015.
Acumulado - Nos quatro primeiros meses de 2016 as exportações de carne suína in natura avançaram 22,6%, atingindo US$ 347,3 milhões ante US$ 283,20 milhões em 2015. Em volume, o avanço foi de 71,4%, passando de 112,4 mil toneladas para 192,6 mil toneladas.
Com esse desempenho o país poderá superar o recorde embarcado em 2005 de 625 mil toneladas exportadas de carne suína. De acordo com o diretor executivo da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), Nilo de Sá, é projetado para esse ano um aumento de 70 a 100 mil toneladas (2% a 3% respectivamente), o que obrigaria elevar as exportações em 100 mil toneladas - em comparação ao ano passado de 558 mil t - para que a oferta não seja maior que a demanda interna.
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