Boi gordo e suíno vivo seguem pressionados pela oferta; Frango exibe reação
Boi Gordo: Pressão de baixa persiste e poucos negócios são realizados
Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria
Mercado estável em São Paulo nessa quinta-feira.
Em São Paulo, parte das indústrias estão buscando animais em outros estados.
As escalas de abate atendem em torno de cinco dias.
A pressão baixista observada nas semanas anteriores ainda persiste, mas sem a mesma intensidade de antes.
Existem indústrias ofertando valores abaixo da referência, mas sem muitos negócios realizados.
Na praça de Araçatuba-SP, em relação ao mesmo período do mês anterior, o boi gordo teve desvalorização de 2,5%.
As poucas alterações de preços evidenciam um mercado mais travado que nos dias anteriores. Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria para o boi gordo houve queda em três.
No mercado atacadista, o escoamento da carne com osso está lento. A expectativa de melhora no mercado não se materializou, e, para o curto prazo, o cenário de pressão de baixa deve se manter.
Suíno Vivo: Mercado não reage à demanda de inicio de mês
Por Larissa Albuquerque
A quinta-feira (05) foi de estabilidade nas cotações do suíno vivo pago ao produtor independente. Poucas bolsas divulgaram a referência desta semana, sendo que São Paulo optou por manutenção nos preços e o Rio Grande do Sul registrou baixa.
A expectativa neste inicio de mês era de que a demanda de inicio de mês e o feriado de dia das mães impulsiona-se o valor dos negócios. “Nós estávamos numa situação ruim e piorou um pouco mais. A expectativa está na próxima semana, que devido ao dia das mães costuma ser uma boa semana e esperamos que enxugue o mercado”, explica o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antônio Ferraz.
Em São Paulo a bolsa de suíno manteve as cotações com preços entre R$ 58 e R$ 59/@ – o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo. A expectativa da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos), no entanto, é de melhora na referência em função da queda na temperatura, primeira quinzena do mês e feriado de dia das mães.
Na segunda-feira, o preço do suíno vivo pago ao produtor independente do Rio Grande do Sul sofreu nova baixa. De acordo com a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a queda foi de R$ 0,02 deixando a cotação em R$ 3,05/kg posto indústria.
Segundo o boletim semanal do Cepea, no mercado integrado as cotações do suíno vivo e da carne seguiram em queda na maioria das regiões acompanhadas, entre o fim de abril e o início de maio. "Apenas no Paraná que o preço do animal vivo registrou ligeiras recuperações nos últimos dias, influenciados pela posição mais firme de vendedores", declarou em nota.
Frango Vivo: Minas Gerais fecha em alta nesta 5ª feira
Por Larissa Albuquerque
A cotação do frango vivo em Minas Gerais apresentou valorização nesta quinta-feira (05) após quase duas semanas de estabilidade. Segundo dados da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) o preço médio do quilo do animal vivo, posto granja, fechou em R$ 2,40 avanço de R$ 0,05 referente a semana anterior.
A alta refletiu o incremento na demanda, típica de inicio do mês e do feriado de dia das mães, retingindo as baixas que foram observadas na segunda quinzena de abril. De acordo com o analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, no mês passado “a procura foi bem efetiva, tanto no mercado doméstico quanto no externo. O problema é que novamente o setor enfrentou um quadro de excedente de oferta, fator que acabou contribuindo para a queda nas cotações”, explica.
Com o aumento do consumo neste inicio de mês, a demanda voltou a superar a disponibilidade de animais, limitando os recuos. Em São Paulo a referência para os negócios permanece em R$2,50 o quilo do animal vivo, desde a última sexta-feira (29). Nos últimos 30 dias, no entanto, a praça paulista registrou um recuo de 4% no valor médio das comercializações.
Um dos fatores neste aumento na oferta no cenário doméstico está atrelado ao aumento no abate de matrizes de corte e descarte, segundo aponta Iglesias. “Vemos, por exemplo, que o Paraná está disponibilizando seus excedentes de produção em mercados como São Paulo e Minas Gerais, o que tem deixado o setor bastante fragilizado”, comenta o analista.
Custo de Produção
Como fator positivo, pela primeira vez no ano, os custos de produção registraram baixa, segundo levantamento da Embrapa Suíno e Aves. O ICPFrango/Embrapa chegou a 214,78 pontos em março, o que representa uma queda de 4,48% em relação ao levantamento de fevereiro deste ano. Por outro lado, no acumulado do ano, a alta é de 21,41%.
A baixa no índice deste mês está ligada ao recuo de preços do farelo de soja, devido ao avanço da colheita da safra de verão. “Houve uma queda de 15% e 25% no preço (do farelo de soja), embora o milho tenha continuado aumentando”, disse o analista da área de socioeconômica e responsável pelos índices de custos de produção do CIAS, Ari Jarbas Sandi.
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