Perdas na safrinha de milho superam os 70% em Querência (MT)
Na região de Querência (MT), as lavouras de milho safrinha também foram afetadas pelas adversidades climáticas e as perdas podem superar os 70% nesta temporada. Algumas áreas estão há mais de 40 dias sem chuvas e não há previsões do retorno das precipitações para a localidade nos próximos dias.
Diante desse cenário, a produtividade média das plantações deve recuar de 100 sacas por hectare, observado em 2015, para algo entre 30 a 40 sacas por hectare nesta safra, conforme pondera o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Osmar Frizzo. De acordo com dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), o rendimento médio do estado deve cair para 90,7 sacas por hectare, contra a média de 108,6 sacas por hectare registrada na safra anterior.
“As lavouras não conseguem mais se recuperar. Temos algumas localidades em que as plantações estão melhores, pois receberam chuvas pontuais, mas são áreas pequenas. As últimas lavouras não estão nem pendoando. São poucos os produtores que têm seguro e, muitos não irão conseguir acionar, pois cultivaram o grão fora da janela ideal, que terminou no dia 20 de fevereiro”, explica Frizzo.
Consequentemente, mais uma vez, o prejuízo ficará ao produtor rural nesta temporada. Além disso, há uma grande preocupação em relação aos contratos feitos anteriormente, já que muitos agricultores não terão o produto para cumprir as negociações.
“Precisaremos da compreensão das empresas. Os produtores querem com as suas obrigações, mas infelizmente temos esse cenário. Isso sem contar que a qualidade do milho também não será boa para a exportação. Orientamos aos agricultores que tirem fotos e façam laudos das suas áreas para ter embasamento para negociar com as empresas mais adiante”, orienta o vice-presidente.
Soja
Esse é o segundo prejuízo para muitos produtores rurais da região, uma vez que, as lavouras de soja cultivadas tardiamente também foram afetadas pelo clima irregular. A estiagem registrada em fevereiro, no momento do enchimento de grãos, derrubou o rendimento das plantações para algo entre 30 a 40 sacas da oleaginosa por hectare.
“Esses dois prejuízos irão comprometer o planejamento da próxima safra. São dois momentos em que não tivemos uma boa colheita. O agricultor está preocupado com a implantação da próxima temporada, as negociações estão lentas e há uma expectativa grande para saber o que irá acontecer a partir de agora. Já temos um menor movimento na cidade e toda a região foi afetada por esse quadro”, finaliza Frizzo.
1 comentário
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elcio sakai vianópolis - GO
Aqui em Goiás acho que deva ter uma quebra de 40 a 60% da safrinha de milho, como estão em seus respectivos estados? tem algum estado que não está tendo quebra com a safrinha de milho?
Aqui em Minas, penso ser o pior clima para a safrinha do Brasil, as lavouras mais velhas tem quebra de 60%, as lavouras do meio (as piores) a quebra é de 80% em terras férteis e em terras fracas a quebra é de 100%, as lavouras do tarde se não chover a quebra também será de 100%.
A última chuva digna de nota em Minas foi em 10/03, portanto não chove a 60 dias. Muitas lavouras do tarde inclusive não nasceram, porque plantou-se com a terra sem umidade e não choveu mais.
Aqui no Tocantins quebra de 50%, no minimo.
Aqui no Paraná, acreditamos em uma quebra de 20% entre geadas (Oeste/Sudoeste) e seca (Oeste, Noroeste, Norte).
mato grosso do sul e santa Catarina, haverá perdas?
No Mato Grosso do Sul, acredito que haverá uma perda entre 25 e 50%, devido à estiagem que se estendeu entre a sexta-feira Santa e o final de abril
OTIMISTA......MT 15, MS 8, PR 12. MI.......35 MILHÕES DE TONS, O RESTO NÃO SEI