Demanda de início de mês não dá sustentação os preços do boi gordo, frango e suíno vivo
Boi Gordo: Mercado do boi gordo tem nova desvalorização em São Paulo
Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria
Mercado do boi gordo tem nova desvalorização em São Paulo.
Nas praças de Araçatuba-SP e Barretos-SP o boi gordo teve queda de 1,0% em relação ao início da semana passada, considerando o preço à vista.
Em São Paulo, parte das indústrias testa o mercado ofertando valores abaixo da referência, mas com pouco volume de negócios realizados.
A menor capacidade de suporte das pastagens devido ao menor volume de chuvas e a chegada do frio vem colaborando com o aumento da oferta de animais terminados, o que exerce pressão de baixa no mercado.
No mercado atacadista de carne com osso o boi casado castrado está cotado em R$9,20/kg, queda de 7,0% em relação ao início do mês anterior.
Assim, o mercado da carne é um fator baixista adicional, com estoques mais altos e dificuldade de escoamento.
Frango Vivo: Após baixas, mercado encerra estável nesta 3ª feira
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As cotações do frango vivo pago ao produtor independente encerraram pelo segundo dia consecutivo estável. Apesar de não apresentar recuperação, a estabilidade é um fator positivo para os avicultores que vinham observando os preços caírem diariamente em abril.
Em São Paulo a referência para os negócios permanece em R$2,50 o quilo do animal vivo, desde a última sexta-feira (29). Nos últimos 30 dias, no entanto, a praça paulista registrou um recuo de 4% no valor médio das comercializações.
Em Minas Gerais, as cotações também não apresentaram alteração nesta terça-feira (03). Segundo dados da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) o preço médio do quilo do animal vivo, posto granja, fechou em R$ 2,35, mesmo valor registrado no fechamento da semana anterior.
Segundo analistas a estabilidade reflete a melhora da demanda, típica da primeira quinzena do mês. Porém, o boletim do Cepea, da última semana apontou que mesmo com a demanda enfraquecida do atacado, a oferta de animais para abate continua maior que a procura, pressionando as cotações.
Exportações
Um fator positivo na cadeia é o escoamento da produção via exportações. Dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), compilados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) mostraram que as vendas externas de carne de frango 'in natura' do Brasil em abril tiveram o segundo melhor resultado mensal da história.
Foram embarcados 421 mil toneladas, uma alta de 25% ante o mesmo período do ano anterior. O total supera o obtido em março, em que foram exportadas 403,4 mil toneladas --número até então considerado segundo melhor resultado mensal do setor.
"O mercado internacional segue favorável às exportações brasileiras, mesmo diante dos elevados custos de produção que enfrentamos neste início de ano", afirmou o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, em nota.
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A bolsa de suíno de São Paulo optou por manutenção nas cotações nesta semana, com preços entre R$ 58 e R$ 59/@ – o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo. A expectativa da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos), no entanto, é de melhora na referência em função da queda na temperatura, primeira quinzena do mês e feriado de dia das mães.
Apesar da manutenção, o levantamento da Scot Consultoria apontou que o poder de compra dos suinocultores paulistas chegou ao pior patamar do ano. Com a média de preços de R$ 58 por arroba em São Paulo, houve uma baixa de 1,7% no poder de compra nos últimos sete dias. “Atualmente, em Campinas-SP, é possível adquirir 3,85 quilos do grão com um quilo do cevado. Esta é a menor relação de troca observada desde o início deste ano”, aponta a consultoria.
Na segunda-feira, o preço do suíno vivo pago ao produtor independente do Rio Grande do Sul sofreu nova baixa. De acordo com a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a queda foi de R$ 0,02 deixando a cotação em R$ 3,05/kg posto indústria.
O aumento na disponibilidade de animais e o enfraquecimento da demanda são os principais fatores de pressão neste período. As dificuldades, contudo, não se limitam apenas nas cotações em queda, mas também na alta dos custos de produção.
Nesse contexto, pequenos produtores independentes estão em uma situação mais delicada, pois arcam com a aquisição dos insumos. O milho, principal componente da razão animal está escasso no mercado e com cotações em alta.
Na região de Campinas (SP) a referência está 72% acima do registrado no igual período do ano passado, sendo cotada a R$ 49,00/sc. Para aliviar a pressão dos custos do milho no setor de proteína animal, o governo tenta aprovar uma série de medidas para garantir o abastecimento. A mais recente foi zerar temporariamente a Tarifa Externa Comum (TEC) de importação de milho em grão para países fora do Mercosul.
"As importações de alguma maneira aliviam a pressão de alta no curto prazo, mas não é capaz de derrubar os preços até a chegada da safra", analisa Ribeiro.
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