Dólar dispara cerca de 2,5% e ronda R$3,60, com cena externa
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ampliou a alta a cerca de 2,5 por cento, agora rondando o patamar de 3,60 reais nesta terça-feira, acompanhando a piora do cenário externo e maior aversão a risco sobretudo nos mercados emergentes, após dados ruins sobre a China.
Ajudava também a atuação do Banco Central, que realizou leilão de swaps cambiais reversos --equivalentes à compra futura de dólares-- mais cedo .
Às 12:23, o dólar avançava 2,42 por cento, a 3,5744 reais na venda, e chegou a bater 3,5828 reais na máxima deste pregão. O dólar futuro subia cerca de 2 por cento.
"As moedas de países emergentes, como um todo, estão caindo. O BC é só a cereja do bolo", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
A aversão a risco refletia os dados da atividade industrial da China, que encolheu pelo 14º mês seguido em abril, mostrando fragilidade da segunda maior economia do mundo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit da China recuou para 49,4, contra expectativa do mercado de 49,9 e ante 49,7 em março.
A aversão ao risco também era alimentada pelos preços o petróleo, que ampliavam as perdas e caíam mais de 2 por cento nesta sessão, por preocupações com o aumento da produção no Oriente Médio e no Mar do Norte, renovando os receios em torno do excesso de oferta global.
Com isso, o dólar também ampliava a alta em relação a moedas de países como o México e Chile.
No mercado local, a atuação do BC também ajudava a puxar o dólar. Nesta manhã, vendeu 9,8 mil swaps cambiais reversos da oferta total de até 20 mil contratos. Com a piora no cenário externo, que acentuou a alta do dólar no Brasil, o BC não anunciou, até o momento, novo leilão para tentar colocar o restante dos contratos não vendidos na primeira tranche, como fez recentemente.
Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de 3,45 reais. Para muitos especialistas, a autoridade monetária não quer a moeda abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.
A cena política seguia no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o ministério da Fazenda num provável governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo.
Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
(Por Flavia Bohone)
Dólar sobe mais de 1% e ronda R$ 3,55, com exterior e BC
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subia mais de 1 por cento e rondava o patamar de 3,55 reais nesta terça-feira, acompanhando o cenário externo, marcado por aversão a risco após dados ruins da China, e com a atuação do Banco Central na primeira hora de negócios.
Às 10:14, o dólar avançava 1,28 por cento, a 3,5345 reais na venda, após subir 1,45 por cento na véspera e bater 3,5530 reais na máxima deste pregão. O dólar futuro subia cerca de 1 por cento.
"As moedas de países emergentes, como um todo, estão caindo. O BC é só a cereja do bolo", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
A aversão a risco refletia os dados da atividade industrial da China, que encolheu pelo 14º mês seguido em abril. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit recuou para 49,4 na segunda maior economia do mundo, contra expectativa do mercado de 49,9 e ante 49,7 em março.
O dólar também subia nesta sessão em relação a moedas de países como o México e Chile.
No mercado local, a atuação do BC também ajudava a puxar o dólar. Nesta manhã, vendeu 9,8 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares, da oferta total de até 20 mil contratos. Na véspera, a autoridade monetária ofertou e vendeu integralmente 40 mil swaps reversos.
Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de 3,45 reais. Para muitos especialistas, a autoridade monetária não quer a moeda abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.
A cena política seguia no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o Ministério da Fazenda num provável governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo.
Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
(Por Flavia Bohone)
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