Suíno Vivo: Semana inicia com queda de preço no RS
O preço do suíno vivo pago ao produtor independente do Rio Grande do Sul sofreu nova baixa nesta segunda-feira (02). De acordo com a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a queda foi de R$ 0,02 deixando a cotação em R$ 3,05/kg posto indústria.
O excedente na oferta de animais é um dos principais fatores de pressão para as cotações, segundo explica o analista da Safras & Mercado, Allan Maia. Além disto, a demanda também está enfraquecida, um reflexo da situação política e econômica.
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Em abril, o mercado de suínos encerrou em baixa em diversas regiões do país. De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), somente em 2016, espera-se um crescimento na produção de carne suína na ordem de 2,0%, podendo chegar a 3,0%.
Os suinocultores também sofrem com a baixa na confiança do consumidor brasileiro, que anda desestimulado com a crise econômica do país.
“A diminuição da capacidade de consumo da população, ocasionada pelo aumento da taxa de desemprego e queda na renda, reflete diretamente na confiança dos consumidores, que passam a ter mais cautela na hora das compras, optando por alimentos mais baratos, mesmo com a carne suína tendo se mantido competitiva em relação a proteína bovina”, afirma em nota o diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Nilo de Sá.
Segundo Maia, houve uma expectativa de aquecimento na demanda interna e de melhora nas exportações, o que levou o setor a ampliar a oferta de animais.
Além disso, o boletim semanal do Cepea apontou que atual patamar de preços nas granjas chegou ao pior resultado dos últimos quatro anos em termos reais em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. As dificuldades não se limitam apenas nas cotações em queda, mas também na alta dos custos de produção.
Exportações
As exportações de carne suína 'in natura' do Brasil em abril apresentaram avanço em volume e receita na comparação com o mês anterior e o igual período do ano passado. Segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), divulgados nesta segunda-feira (02), os embarques totalizaram 52,9 mil de toneladas, com receita de US$ 100 milhões.
Esse volume corresponde a um avanço de 47,1% em relação ao igual período do ano passado e, 2,6% em comparação a março de 2016. Em receita o crescimento foi de 10,9% e 16,9%, relacionando com o mês passado e o igual período de 2015, respectivamente.
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