Café: Bolsa de Nova York recua 400 pts nesta 4ª feira e volta ao patamar de US$ 1,20/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) viraram nesta tarde de quarta-feira (27) e recuam cerca de 400 pontos nos principais vencimentos, após chegarem a testar o patamar de US$ 1,25 por libra-peso na véspera. O mercado realiza lucros, mas também sente a pressão do financeiro. O dólar voltou a subir ante o real e o petróleo registra leve baixa.
Às 12h14, o vencimento maio/16 estava cotado a 121,20 cents/lb com queda de 405 pontos, o julho/16 tinha 121,75 cents/lb com recuo de 400 pontos. Já o contrato setembro/16 operava a 123,50 cents/lb com baixa de 390 pontos, enquanto o dezembro/16 registrava 125,85 cents/lb com 380 pontos negativos.
Sem as intervenções do Banco Central, o dólar comercial opera em alta nesta quarta. A moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real acaba dando maior competitividade às exportações da commodity pelo Brasil. Às 12h, a moeda norte-americana subia 0,65%, cotada a R$ 3,5419 na venda. Além do câmbio, a queda nos preços do petróleo em Nova York, de um modo geral, também acaba puxando para baixo as commodities agrícolas. As informações são de agências internacionais.
O maior otimismo dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil também acaba contribuindo para o tom baixista no mercado do arábica. Segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), a produção do grão no país nesta temporada deverá superar 53 milhões de sacas, acima das previsões iniciais do governo federal.
A colheita do café começa de forma lenta nas principais áreas produtoras do Brasil. Os trabalhos ainda não estão generalizados, mas as primeiras amostras que chegam ao mercado dão um panorama de como promete ser a produção da safra 2016/17. No Sul de Minas Gerais, principal região produtora de arábica, a colheita tem surpreendido positivamente os produtores, enquanto que no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade robusta, as perdas que eram esperadas devido à seca têm sido confirmadas.
Os negócios com café seguem isolados nas praças de comercialização do Brasil, os produtores estão mais atentos ao início da colheita e retraídos do mercado interno à espera de preços mais altos. "A falta de liquidez nas praças de comercialização é notória", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
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