Milho: De olho na safra dos EUA e no clima no Brasil, mercado amplia ganhos na CBOT nesta 2ª feira
Durante as negociações desta segunda-feira (18), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram os ganhos. Por volta das 12h35 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 3,00 e 5,50 pontos. O vencimento março/16 retomou o patamar de US$ 3,80 por bushel, cotado a US$ 3,83 por bushel. Já o contrato dezembro/16 era negociado a US$ 3,91 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o foco do mercado está voltado à safra nos EUA e o comportamento do clima no país e também na América do Sul. Conforme projeção do site Farm Futures, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderá indicar a área plantada com o grão em 15% no final da tarde desta segunda-feira, contra uma média de 11% registrada nos últimos cinco anos. Na semana anterior, o plantio estava completo em 4% da área esperada para essa temporada.
"Os agricultores fizeram um rápido progresso com a semeada no final de semana no coração do cinturão produtor de milho dos EUA, mas para os próximos sete dias, as previsões mostram um padrão mais úmido", disse Bryce Knorr, analista e editor do site Farm Futures. No período de 23 a 27 de abril, o NOAA - serviço oficial de meteorologia do país - indica chuvas e temperaturas acima da média.
"O mercado também está recebendo apoio nesta manhã da previsão de tempo quente e seco no Brasil, que está prejudicando o potencial do milho safrinha. Pouca ou nenhuma chuva está prevista para essa semana e as temperaturas estão acima da média, especialmente na faixa central do país", explica Knorr. O cenário é decorrente da continuidade do bloqueio atmosférico registrado nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, de acordo com o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.
"E a previsão para essa semana não muda, o bloqueio ainda se manterá ativo sobre a região central e sul do Brasil, impedindo que as frentes frias consigam avançar pelo interior do País e com isso, o tempo seguirá firme, sem previsões para chuvas e com temperaturas bem acima da média para essa época do ano em todas as regiões produtoras de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e no Matopiba. Sendo que poderão vir a ocorrer algumas pancadas de chuvas isoladas sobre Rondônia e noroeste do Mato Grosso", informou o agrometeorologista em seu último boletim.
Ainda hoje, o USDA divulgou seu novo relatório de embarques semanais. No caso do milho, na semana encerrada no dia 14 de abril, os EUA embarcaram 1.088,552 milhão de toneladas, enquanto as projeções oscilavam, para esta semana, entre 850 mil e 1,1 milhão de toneladas. Na semana passada, o total foi ligeiramente maior e ficou em 1.133,271 milhão. Durante todo o presente ano comercial, os embarques norte-americanos do cereal já somam 21.871,918 milhões de toneladas, contra 25.241,904 milhões de 2014/15, nessa mesma época.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, o dia também é positivo para as cotações futuras do cereal. Perto das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam valorizações entre 0,42% e 1,16%. O vencimento maio/16 era cotado a R$ 47,45 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 37,66 a saca.
Além do clima no Brasil, que tem a atenção dos participantes do mercado, a alta do dólar também ajuda na composição do cenário. A moeda norte-americana sobe forte neste início de semana, após a aprovação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, no domingo (17). Com isso, perto das 12h54 (horário de Brasília), o câmbio era cotado a R$ 3,6018, com alta de 2,20%.
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