Milho: Mesmo com queda do dólar, preços exibem leves altas na BM&F Bovespa no pregão desta segunda-feira
Apesar da queda observada no dólar, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam com leves altas no pregão desta segunda-feira (11). Perto das 11h34 (horário de Brasília), o vencimento setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 37,15 a saca, com valorização de 0,81%. O maio/16 exibia leve alta, de 0,70%, negociado a R$ 47,18 a saca e, apenas o julho/16 apresentava ligeira queda de 0,13%, cotado a R$ 39,45 a saca.
Enquanto isso, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,5145 na venda, com desvalorização de 2,28%, por volta das 10h49 (horário de Brasília). Conforme dados reportados pelo site G1, a movimentação negativa é decorrente das expectativas de derrota do governo na votação do parecer sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão que analisa o tema na Câmara dos Deputados.
Paralelamente, no mercado interno, as cotações do cereal continuam firmes no mercado interno, de acordo com levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). "A relação entre maior demanda e baixa oferta tem mantido altos os preços do milho. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) se mantém na casa dos R$ 49,00/saca de 60 kg – na parcial de abril, acumula ligeira baixa de 0,56%, a R$ 49,40/sc de 60 kg na sexta-feira (8)", informou em nota.
Além disso, os investidores estão atentos às informações sobre o comportamento do clima, especialmente no Centro-Oeste do país. "Para essa semana, as chuvas mais concentradas sobre o Sul e Norte do país, com possibilidades para pancadas de chuvas sobre a faixa oeste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nas demais regiões do Brasil, o tempo seguirá firme e temperaturas bem acima da média para essa época do ano", disse o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.
Ainda segundo dados do informativo, as chuvas só deverão retornar às regiões produtoras do Centro-Oeste, cerrado mineiro e interior de São Paulo no final da próxima semana. E, no Mato Grosso, apesar das precipitações desse começo de semana, chuvas generalizadas sobre todo o estado somente no final de abril.
Bolsa de Chicago
Já no mercado internacional, as cotações futuras da commodity dão continuidade à movimentação negativa neste início de semana. As principais posições do cereal ampliaram as perdas e, por volta das 11h53 (horário de Brasília), registravam quedas entre 4,50 e 5,00 pontos. O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,70 por bushel.
Os vencimentos do cereal voltaram a cair após os ganhos recentes. Os investidores ainda aguardam o boletim de embarques semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), importante fator de demanda e que pode influenciar a direção dos negócios. Ainda hoje, o órgão também deve reportar o primeiro relatório de progresso de plantio.
"Normalmente, para esse período, temos ao redor de 5% da cultura plantada nesse primeiro relatório. O governo também poderá aumentar a sua estimativa de estoques para a safra velha, em função da demanda mais fraca", disse Bryce Knorr, analista e editor do site Farm Futures.
Por outro lado, com o início da safra norte-americana, os investidores também acompanham o comportamento do clima no país. Para essa nova temporada, a perspectiva é que os produtores aumentem a área destinada ao cultivo do cereal.
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