Boi gordo e frango vivo seguem com preços firmes nesta semana; Suíno cai em MG
Boi Gordo: Oferta curta segue como principal fator de alta e a demanda por carne como limitante para as cotações
Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria
A dificuldade de compra persiste no mercado do boi gordo, fator que vem puxando as altas dos preços.
Em São Paulo, a arroba está cotada, à vista, em R$157,50 em Araçatuba e R$155,50 em Barretos. Existem negócios em valores maiores.
As programações de abates estão curtas. No estado, atendem em torno de três dias.
Além disso, as pastagens em boas condições permitem que o pecuaristas adiem as vendas na expectativa de melhores preços da arroba.
Porém, as recentes desvalorizações da carne e a consequente piora da margem de comercialização dos frigoríficos, são um fator de resistência a novas valorizações.
O escoamento da produção está lento e a entrada do mês ainda não trouxe melhora no consumo.
Frango Vivo: Apesar da necessidade de reajustes, cotações seguem firmes nesta 3ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta terça-feira (05), as cotações para o frango vivo encerram estáveis nas principais praças de comercialização. Com a virada do mês, o mercado pode esboçar reação de preços, por ser o período que historicamente é de maior consumo – devido ao recebimento de salários. Há algumas semanas não há mudanças nas cotações, com preços firmes em grande parte das regiões.
Minas Gerais segue como a praça com maior valor de comercialização dentre os avicultores independentes, que segundo o site da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) está com negócios em R$ 2,95/kg. Em São Paulo, as cotações seguem há mais de um mês, com referência de R$ 2,80/kg.
Para o pesquisador do Cepea, Augusto Maia, o enfraquecimento da demanda, estimulado pelo período de quaresma, foi o principal fator que contribuiu para o atual cenário. Com as altas de preços para o milho, os avicultores seguem com altos custos de produção, que traz a necessidade de reajustes positivos para ajustar margens.
Por outro lado, as exportações seguem em alta, contribuindo para o enxugamento da oferta de animais no mercado. De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em março foi registrado o maior patamar mensal do ano. Para a carne de frango – considerando todos os produtos (in natura, salgados, embutidos e processados) – foram exportadas 403,4 mil toneladas em março, volume 15,6% superior ao mesmo período de 2015.
Suíno Vivo: Após baixa em São Paulo e Santa Catarina, cotações também cedem em Minas Gerais nesta 3ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta terça-feira (05), novas baixas foram registradas para o suíno vivo. Desta vez, em Minas Gerais a referência de negócios cedeu R$ 0,10 e fechou em R$ 3,50 pelo quilo do vivo para os próximos dias. Na semana anterior, a bolsa de suínos havia definido preço em alta, apesar de não ter existido um acordo entre produtores e frigoríficos.
No último fechamento, duas praças registraram queda nas referências. Em São Paulo, a bolsa de suínos fechou entre R$ 63 a R$ 65/@ - ou R$ 3,36 a 3,47/kg vivo - enquanto na semana anterior estava entre R$ 66 e R$ 68/@. Porém, diversos negócios estavam sendo realizados abaixo do valor de referência.
Em Santa Catarina também houve redução nas cotações. De acordo com a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), a bolsa de suínos do estado definiu referência de R$ 3,00/kg, queda de R$ 0,40 em relação a definição anterior.
Por outro lado, exportações estão registrando números positivos, o que pode ajudar a enxugar estoques no mercado interno. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam os embarques de suína in natura de março chegaram a 56,7 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. O resultado é superior em 11,8% em comparação com dados de fevereiro, enquanto que o crescimento em relação a março de 2015 é ainda maior, de 85,1%.
“O resultado mensal de março é um recorde histórico nos embarques de carne suína in natura. Diversos destinos vêm apresentando elevações nas compras. A Rússia, por exemplo, expandiu suas importações em 75%. Hong Kong, Singapura e China também apresentaram forte elevação”, destaca Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
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