Suíno Vivo: Semana encerra negativa em MT e PR; Exportações registram volume positivo em março
Nesta sexta-feira (01), as cotações para o suíno vivo encerraram com estabilidade nas principais praças de comercialização. Nesta semana, algumas regiões registraram baixa nas cotações, enquanto a maioria definiram preços firmes. Além disto, custos de produção continuam como preocupação para suinocultores.
De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a maior baixa registrada na semana foi em Mato Grosso, que teve recuo de 13,31%. Com isso, segundo informações do site da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso), a cotação é de R$ 2,80/kg – menor valor dentre as principais praças de comercialização. No Paraná, o recuo foi de 2,15%, em que a bolsa de suínos definiu referência em R$ 3,18/kg.
Nas demais regiões, o cenário é de estabilidade, apesar de também enfrentarem dificuldades. No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que os preços médios pagos aos suinocultores independentes seguem em R$ 3,29/kg.
Por outro lado, os custos de produção continuam subindo no estado, assim como nas demais regiões. O valor médio pago pela saca de milho de 60 kg registrou nova alta e fechou a pesquisa em R$ 40,00. Há um ano, este valor estava em R$ 25,30 pela saca. Já para o farelo de soja, a média é de R$ 1.075,00 pela tonelada, estável em relação a última pesquisa.
Em São Paulo, a bolsa de suínos definiu referência entre R$ 66 e R$ 68/@, o mesmo que R$ 3,52 a 3,63 o quilo do vivo. Porém, há um desequilíbrio no mercado, com diversos negócios sendo negociados abaixo deste valor. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, explica que grande parte das vendas estão em R$ 63/@.
» Veja na íntegra a entrevista com o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira
O cenário é ainda mais pessimista quando levado em conta os atuais patamares dos custos de produção. Na praça paulista, este valor é de R$ 74/@ - um prejuízo de R$ 11 por cada arroba comercializada. "Ainda em 2015 nós vínhamos alertando para o aumento nas exportações de grãos, principalmente o milho. Na época o cereal era negociado entre R$ 30,00 a R$ 33,00 a saca de 60 quilos, agora chegamos a pagar na região de Campinas em torno de R$ 50,00 a R$ 53,00 a saca, um aumento de R$ 20,00/sc", explica Ferreira.
Em Minas Gerais, não houve acordo em relação aos preços praticados, apesar de sinaliza preços mais altos que na última semana, em R$ 3,60/kg. A ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais) aponta que na reunião não houve acordo entre os produtores e frigoríficos, que apontam dificuldades de comercialização. Em contrapartida, suinocultores explicam que os animais estão abaixo do preço médio.
Exportações
Nesta sexta-feira (01), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) os dados de exportações da carne suína in natura para o mês de março, que encerrou volume positivo. Em 22 dias úteis, foram embarcadas 56,7 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas.
O resultado é superior em 11,8% em comparação com dados de fevereiro, enquanto que o crescimento em relação a março de 2015 é ainda maior, de 85,1%. Em receita, os embarques somaram US$ 99,2 milhões, em que o valor por tonelada foi de US$ 1.747,8.
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