Café: Cotações do arábica na Bolsa de Nova York voltam a testar patamar de US$ 1,35/lb com incertezas em relação à oferta
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de quase 200 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de terça-feira (22), após caírem na sessão anterior e interromperem a trajetória de ganhos da semana passada.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos são registradas no mercado. Além disso, as cotações também voltaram um menor otimismo em relação à safra deste ano das principais origens produtoras e indicadores técnicos.
Às 12h20, o vencimento maio/16 anotava 133,45 cents/lb com alta de 190 pontos. O julho/16 tinha 135,20 cents/lb e o setembro/16 registrava 136,80 cents/lb, ambos com avanço de 185 pontos. Já o contrato dezembro/16 tinha 138,25 cents/lb com valorização de 180 pontos.
Segundo agências internacionais de notícias, a queda nas cotações do café arábica ontem foi mais um ajuste ante os ganhos acumulados de quase 8% na semana passada.
Apesar das principais estimativas privadas e estrangeiras apontarem que a produção brasileira nesta temporada pode superar 50 milhões de sacas de 60 kg, número mais alto em relação às temporadas anteriores. Ainda há dúvidas entre os operadores se esse volume será suficiente para abastecer o mercado uma vez que os estoques de passagem do País estão praticamente zerados.
Na Colômbia, importante país produtor de café, a colheita pode cair 1,2 milhão de sacas neste ano por conta do fenômeno do El Niño e fechar em 13 milhões de sacas, estimou a FNC (Federação Nacional de Cafeicultores).
Enquanto isso, no Brasil, as chuvas continuam beneficiando o desenvolvimento das lavouras de arábica e os únicos relatos de problemas têm sido de doenças como a ferrugem, mas pontuais.
Segundo Marcus Magalhães, os negócios nas praças de comercialização do Brasil devem ser isolados nesta terça-feira. O produtor até voltou ao mercado na semana passada com a valorização nas cotações. No entanto, agora prefere aguardar o início da colheita para voltar aos negócios.
Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 499,54 com recuo de 1,59%.
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