Café: Bolsa de Nova York recupera parte das perdas da sessão anterior nesta manhã de 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de quase 200 pontos nos principais vencimentos nesta manhã de terça-feira (22), após caírem na sessão anterior e interromperem a trajetória de ganhos da semana passada. O mercado volta a refletir o financeiro e indicadores técnicos.
Por volta das 09h30, o vencimento maio/16 anotava 133,35 cents/lb e o julho/16 tinha 135,15 cents/lb, ambos com alta de 180 pontos. O contrato setembro/16 registrava 136,75 cents/lb também com 180 pontos de ganhos. Já o contrato dezembro/16 tinha 138,30 cents/lb com valorização de 185 pontos.
Segundo analistas, a queda do mercado na sessão anterior foi um ajuste ante os ganhos acumulados de quase 8% na semana passada. "Sem ter um palpite certeiro por seguir, os investidores resolveram tirar o dia para ajustarem suas apostas no mercado e desta forma, um tom ameno acabou saindo prevalecido", disse ontem o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de Nova York cai quase 300 pts nesta 2ª e interrompe trajetória de alta da semana passada
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (21) com queda de quase 300 pontos nos principais vencimentos, após três sessões seguidas de alta. O mercado realizou ajustes ante a valorização de quase 8% no acumulado da semana passada e também sentiu a pressão do câmbio. O dólar voltou a subir forte ante o real. No entanto, o patamar de US$ 1,30 por libra-peso para o arábica foi mantido.
Os lotes com vencimento para março/16 registraram 133,85 cents/lb com alta de 185 pontos, o maio/16 teve 131,55 cents/lb com queda de 275 pontos. Já o contrato julho/16 fechou a sessão cotado a 133,35 cents/lb com 270 pontos negativos, enquanto o setembro/16 anotou 134,95 cents/lb com 250 pontos de baixa.
"Sem ter um palpite certeiro por seguir, os investidores resolveram tirar o dia para ajustarem suas apostas no mercado e desta forma, um tom ameno acabou saindo prevalecido", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O dólar comercial fechou a sessão desta segunda-feira cotado a R$ 3,6103 na venda com alta de 0,80% repercutindo o leilão de até 20 mil swaps cambiais reversos pelo Banco Central, após a queda de mais de 10% da divisa americana neste mês. Com o dólar mais valorizado ante o real, as exportações da commodity ficam mais competitivas e os preços externos tendem a cair.
Na semana passada, o financeiro pesou bastante para os ganhos de mais de 8% do café arábica na Bolsa de Nova York. "Nos últimos 20 dias, o mercado subiu dois mil pontos e os produtores brasileiros aproveitaram esses ganhos para travar negócios a preços interessantes", explica Magalhães.
Agências internacionais de notícias reportaram nos últimos dias que os operadores também estão menos otimistas em relação à produção da Colômbia e de algumas áreas do Brasil.
Estimativas privadas e estrangeiras apontam a produção brasileira nesta temporada em cerca de 50 milhões de sacas. No entanto, mesmo com esse volume mais alto colhido em relação às safras anteriores, o mercado pode sofrer um aperto na oferta. Os estoques de café, que foram usados para abastecer o mercado nos últimos anos estão praticamente zerados.
Mercado interno
A forte alta nos terminais externos na semana passada impulsionaram os preços do café nas praças de comercialização do Brasil. Com isso, mais negócios acabaram sendo realizados, segundo o Cepea (Centro de Economia Aplicada, da ESALQ/USP). No entanto, nesta segunda-feira, os negócios foram isolados e os preços recuaram ou ficaram estáveis.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Varginha (MG) com R$ 570,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com recuo de 2,93% e saca cotada a R$ 531,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 558,00 a saca e queda de 1,76%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 2,08% e saca cotada a R$ 490,00.
Na sexta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 507,60 com recuo de 0,29%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com leve baixa nesta segunda-feira, após ficarem do lado azul da tabela na sessão anterior repercutindo as chances de desequilíbrio no mercado diante da forte seca nas plantações de robusta do Espírito Santo.
O contrato março/16 registrou US$ 1447,00 por tonelada – estável, o maio/16 teve US$ 1473,00 por tonelada e recuo de US$ 9, enquanto o julho/16 anotou US$ 1502,00 por tonelada e desvalorização de US$ 9.
Na sexta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 363,32 com avanço de 0,53%.
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