Frango Vivo: Semana termina com preços firmes em todas as praças de comercialização
Os preços para o frango vivo encerraram estáveis nas principais praças de comercialização nesta sexta-feira (11). A semana foi marcada por preços firmes em todas as regiões, segundo o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Já os embarques, seguem em alta, estimulados pela valorização do dólar diante do real.
Com isso, Minas Gerais volta a encerrar a semana com o maior valor praticado no mercado independente, com negócios em R$ 2,95 pelo quilo do vivo. Em São Paulo, as cotações seguem firmes em R$ 2,80/kg, há algumas semanas.
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário é reflexo de uma demanda aquecida e no desempenho positivo das exportações."Para o curto prazo, a expectativa é de que possa haver um reajuste nas cotações. Apesar de estarmos próximos da segunda metade do mês, os avicultores necessitam reajustar os preços em meio ao forte incremento dos custos de produção, puxados pelo milho”, destaca.
Além disto, com atual cenário econômico, a proteína tem sido alternativa, por te tratar de uma opção barata aos consumidores. Por outro lado, o Cepea aponta que demanda no mercado interno está enfraquecida, o que voltou a resultar num aumento da oferta de animais neste início de março.
"Uma vez que as vendas aos brasileiros representam parcela maior do mercado e estão em ritmo abaixo do esperado, os preços da carne recuam no atacado. Já no mercado spot, os valores do frango vivo se mantêm firmes na tentativa de repassar os elevados custos da ração.", apontam os pesquisadores do Centro.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, aponta que as altas são necessárias ao setor e confirma que o setor já trabalha com dois meses de margens negativas. Além disso, as altas para milho foram significativas - cerca de 9% da composição -, mas não é a única razão para o aumento de gastos nas granjas. Farelo de soja, energia elétrica e mão de obra também proporcionaram este crescimento para os custos de produção.
» Assista a entrevista na íntegra com o presidente da ABPA, Francisco Turra
"Por outro lado temos aumentando significativamente as exportações em janeiro e fevereiro, o que ajudou a diminuir a pressão sobre o mercado interno que estava sendo contaminada pela elevação dos estoques. Então nos próximos meses as vendas externas devem continuar em bom ritmo, e basta termos essa regulação na oferta", explica Turra.
Exportações
Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta segunda-feira (07), a primeira parcial de embarques do mês de março. Em apenas quatro dias úteis foram exportados 75,1 mil toneladas, com média diária de 18,8 mil toneladas.
Se comparado com a média diária de fevereiro, há um crescimento de 23,8%, enquanto que em relação ao ano passado, este aumento é de 30,3%. Já em receita, os embarques chegam em US$ 97,3 milhões, com US$ 1.295,4 por tonelada.
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