Café: Bolsa de Nova York recupera perdas da sessão anterior nesta manhã de 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de sexta-feira (11) e recuperam praticamente todas as perdas de ontem. Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado registra recompras técnicas.
Por volta das 09h24, o vencimento maio/16 tinha 122,85 cents/lb com alta de 70 pontos, o julho/16 registrava 124,50 cents/lb com avanço de 45 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 126,35 cents/lb com valorização de 55 pontos, enquanto o dezembro/16 operava com 128,10 cents/lb e 35 pontos positivos.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Bolsa de Nova York corrige ganhos das últimas sessões e fecha com leve baixa nesta 5ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve baixa nesta quinta-feira (10), após oscilarem dos dois lados da tabela. O mercado realizou ajustes após se aproximar de US$ 1,25 por libra-peso e perdeu parte dos ganhos de ontem. Analistas têm relatado que as cotações não tem força para avançar acima deste patamar diante do atual cenário técnico e até mesmo fundamental.
O vencimento março/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 120,60 cents/lb com baixa de 25 pontos. O maio/16 teve 122,15 cents/lb e o julho/16 registrou 124,05 cents/lb, ambos com queda de 20 pontos. Já o contrato setembro/16 anotou 125,80 cents/lb com desvalorização de 25 pontos.
Mesmo diante de importantes divulgações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e dados de exportação do CeCafé, as cotações na ICE não esboçaram grandes oscilações e continuam sem direcionamento definido. Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, "o grande divisor de águas será a chegada da safra nova e com ela a realidade dos números e qualidade tanto do arábica como do conilon".
De acordo com o analista de mercado João Santaella, "as cotações do arábica devem continuar oscilando entre US$ 1,15 e US$ 1,25 por libra-peso. Somente rompendo a barreira de US$ 1,25/lb é que podemos ver alguma reação mais expressiva", afirma.
O CeCafé divulgou nesta quinta-feira (10) seus dados de exportação do mês de fevereiro. Em termos de volume, foi registrado um incremento de 1,5% na comparação com o mesmo mês de 2015 e de 0,8% em relação a janeiro de 2016, mantendo uma média de exportação para o período de 2,8 milhões de sacas nos últimos três anos. O destaque para esse desempenho vem da comercialização do café arábica e do solúvel, que cresceram, respectivamente, 9,3% e 7,8%.
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Analistas afirmam que esses dados de exportação, acima do registrado em 2015, acabam dando ao mercado uma sensação de que o País ainda tem bastante café em estoque e os preços tendem a recuar. Especialistas relatam que o Brasil deve chegar ao final de março com o menor estoque de passagem da história.
Na sessão anterior, a estimativa do Rabobank para a safra 2016/17 do Brasil, abaixo das expectativas do mercado, até movimentou os operadores e acabou dando um gás às cotações que estavam oscilando apenas com o câmbio e indicadores técnicos.
Após visitas em fazendas do Brasil, o banco especializado em commodities reduziu para 51,8 milhões de sacas a produção nesta safra. Levando em conta seis estimativas da indústria, desde o início do ano, a previsão para esta temporada tem média de 53 milhões de sacas, com números entre 49,1 a 55,5 milhões de sacas.
"É bastante provável que isso resulte em um aumento na nossa previsão de preço [...] impedindo qualquer nova depreciação do real", disse o Rabobank em relatório.
A produção da variedade arábica foi estimada em 39,2 milhões sacas, com um salto de até 6,5 milhões de sacas e a de robusta em 12,6 milhões de sacas, o que representaria uma queda de 3,9 milhões de sacas em relação à temporada passada.
Já o IBGE estimou hoje a safra brasileira de café em 49,7 milhões de sacas. A produção de arábica foi calculada em 38,9 milhões de sacas com crescimento de 1,4% frente ao mês anterior. O clima mais favorável, com ocorrência de maiores quantidades de chuvas no início desse ano, nas principais áreas de produção de Minas Gerais e São Paulo, repercutiram na reavaliação do rendimento médio, que em fevereiro aumentou 1,6% frente ao mês anterior.
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Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, tem apresentado desenvolvimento regular nas principais áreas produtoras devido às condições climáticas mais favoráveis nesta temporada e em algumas regiões pode até ser antecipada.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico seguem lentos com a proximidade da nova safra e os preços aquém das expectativas da maioria dos cafeicultores. Segundo o Cepea, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, caiu quase R$ 50,00 a saca em um mês. Com isso, os compradores estão mais atentos uma vez que essa situação leva os torrefadoras nacionais a aumentarem a parcela de arábica na elaboração dos blends. Além disso, agentes também indicam que a maior oferta de arábica a partir de meados do ano pode influenciar novas quedas do robusta.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 3,36% e saca cotada a R$ 518,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 532,00 a saca e queda de 1,12%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 1,22% e saca valendo R$ 486,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca e recuo de 0,39%. A maior oscilação no dia foi em Espírito Santo do Pinhal (SP) com desvalorização de 2,00% e R$ 490,00 a saca.
Na quarta-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 486,83 com alta de 0,76%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com forte baixa nesta quinta-feira. O contrato março/16 fechou cotado a US$ 1393,00 por tonelada - estável, o maio/16 teve US$ 1404,00 por tonelada e recuo de US$ 16, enquanto o julho/16 anotou US$ 1432,00 por tonelada e desvalorização de US$ 17.
Na quarta-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 354,57 com recuo de 0,76%.
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