Dólar recua nesta 5ª e pressiona preços da soja nos portos do BR; CBOT busca recuperação

Publicado em 10/03/2016 12:46

A soja segue caminhando de lado na sessão desta quinta-feira (10) na Bolsa de Chicago. No entanto, por volta de 12h30 (horário de Brasília), as cotações trabalhavam do lado positivo da tabela, com pequenas altas de 1,25 a 1,50 ponto nos principais contratos. O vencimento que serve como referência para a safra brasileira - maio/16 - era cotado a US$ 8,87 por bushel.

Por outro lado e, mais uma vez, o dólar voltava a cair nesta quinta. Perto de 12h40, a moeda norte-americana era negociada a R$ 3,66 e operava com baixa de 0,95%. A pressão maior sobre a divisa ainda vem dos desdobramentos da cena política do Brasil, com a novidade de mais denúncias pesando sobre o ex-presidente Lula, agora partindo do Ministério Público. 

"O fator político é o grande direcionador da moeda e assim será por algum tempo", disse o economista da corretora Lerosa Investimentos Carlos Vieira à Reuters. 

E como não poderia ser diferente, os preços da soja formados no Brasil também sentem a pressão e exibiem novas, porém ainda tímidas, baixas. No porto de Rio Grande, queda de 0,67% no disponível, para R$ 74,50 por saca e de 0,66% no mercado futuro, entrega maio/16, para R$ 75,50. 

Bolsa de Chicago

Os preços continuam sem forças para buscar novos patamares de alta ou voltar a cair para renovar seus níveis de suporte diante da falta de novidades entre os fundamentos. O comportamentos do mercado, portanto, segue ainda bastante técnico, focado nos movimentos gráficos das cotações e respeitando suas máximas e mínimas pré-determinadas há alguns meses.  

Além disso, as incertezas trazidas pelo mercado financeiro também favorecem esse comportamento do mercado e, nesta quinta, o movimento negativo das cotações é generalizado entre as commodities e não só as agrícolas. E o novo boletim mensal de oferta e demanda trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), nesta quarta-feira (9), também chegou sem novidades e não refletiu em qualquer mudança nos preços. 

As ações chinesas hoje também fecharam em queda, perdendo quase 2% diante de uma pressão vinda, principalmente, dos dados de inflação acima do esperado na nação asiática. E como explicaram especialistas ouvidos pela Reuters, esse é um fator negativo para uma economia em mudanças. Em fevereiro, a inflação na China foi a 2,3% e registrou seu nível mais forte desde 2014, as expectativas eram de 1,9%.

Além disso, nesta quinta-feira ainda, o mercado conta com um boletim semanal de vendas para exportação, também trazido pelo USDA, sem novidades que possam movimentar os negócios. O volume ficou dentro do esperado, apesar de trazer alguma melhora em relação à semana anterior. 

As vendas semanais de soja dos Estados Unidos foram de 478,5 mil toneladas, contra projeções que oscilavam de 400 mil a 700 mil toneladas. Do total, foram 475,2 mil da safra 2015/16 e mais 3,3 mil da safra 2016/17. O principal destino da oleaginosada atual temporada foi a Holanda, respondendo por 140 mil toneladas do total. Em todo esta temporada comercial, as vendas norte-americanas de soja somam 44.186,0 milhões de toneladas, e o volume é 10% menor do que no mesmo período do ano anterior. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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