Café: Bolsa de NY recupera parte das perdas do início da sessão, mas ainda registra baixa nesta tarde de 2ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) reduziram um pouco as perdas que eram registradas no início do pregão desta segunda-feira (7), mas ainda permanecem do lado vermelho da tabela, com o dólar subindo um pouco. Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas de café operam em baixa em consolidação ao atual espaço de trabalho.
Por volta das 12h55, o vencimento maio/16 tinha 120,35 cents/lb, o julho/16 registrava 122,10 cents/lb e o setembro/16 tinha 123,75 cents/lb, ambos com queda de 70 pontos. Já o contrato dezembro/16 operava com 125,55 cents/lb e desvalorização de 80 pontos.
Nas últimas semanas, o mercado do café tem se baseado bastante em indicadores técnicos e no cenário macroeconômico. Segundo analistas, todas as variáveis fundamentais que poderiam influenciar as cotações já foram precificadas pelos operadores.
A safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, permanece registrando desenvolvimento regular diante das condições climáticas mais favoráveis nesta temporada, após dois anos seguidos de quebra com a seca no cinturão produtivo. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a colheita em algumas regiões pode ser antecipada.
Na semana passada, o dólar teve a maior baixa acumulada em mais de sete anos e com isso os preços do arábica na ICE avançaram mais de 5%. Diante dessa forte alta, analistas acreditam que ajustes ainda podem ser registrados nas próximas sessões.
"Difícil crer que o Real vai conseguir segurar a valorização desta semana, já que nem um milagre consegue resolver os problemas do Brasil no curto e médio prazo. Mesmo assim o interesse de venda dos produtores fica mais distante, eventualmente dando espaço para o mercado stopar as novas posições vendedoras dos fundos e eventualmente forçar a cobertura de vendas daqueles que agora mais do que nunca acham uma "excelente" oportunidade entrar short acima de US$ 120 centavos por libra", afirmou o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem limitados e os preços estáveis com a queda do dólar mesmo com a forte alta em Nova York. "No mercado interno, o café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma Marcus Magalhães. Na sexta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 479,04 com baixa de 0,14%.
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