Granjeiros vendem animais mais cedo para reduzir gastos em MG

Publicado em 07/03/2016 07:32

No centro-oeste de Minas, parte dos suinocultores está trabalhando no vermelho. A alta do milho e do farelo de soja tem impactado nos custos da ração. Em uma granja que fica em São José da Varginha são onze mil animais. O dono reclama que em quinze anos, este é um dos piores momentos do setor. “O custo do suíno de cem quilos hoje é R$ 380. Nós vendemos por R$ 350. Ou seja, um suíno de cem quilos dá R$ 30 de prejuízo”, diz o criador Hélio Ferreira do Couto.

Na região o farelo de soja é comprado por R$ 1.100 a tonelada. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de quase 30%. O milho também teve reajuste: a saca de 60 quilos, que era negociada na região a R$ 25, agora é vendida por R$ 43.

Donizetti do Couto é representante da cooperativa dos granjeiros do oeste de Minas que tem aproximadamente 150 associados. Ele diz que vários fatores contribuem para essa alta. “O que aconteceu foi em função dessa desvalorização do real frente ao dólar. Automaticamente o preço dessa matéria prima internamente ficou alto.”

Hélio Ferreira do Couto diz que tem substituído o milho por sorgo. "Em uma atividade dessa de 5% a 10% na redução do custo na ração é bastante significativo.”

Em outra granja em Pará de Minas a situação é a mesma e ainda tem outro fator complicador. Por causa da Quaresma, o produtor percebeu que o consumo de carne suína caiu. Ele está tendo dificuldade de negociar o produto no mercado. Por isso, projetos como a ampliação da automação estão sendo adiados.

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G1 - Globo Rural

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