Milho: Com forte desvalorização no dólar, preços recuam na BM&F Bovespa nesta 6ª feira
Depois dos ganhos recentes, os preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa operam do lado negativo da tabela no pregão desta sexta-feira (4). As principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,14% e 0,92%, por volta das 11h27 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a R$ 45,20 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociada a R$ 36,45 a saca.
Mais uma vez, o mercado acompanha a movimentação cambial. Hoje, o dólar recua mais de 2% e, perto das 11h34 (horário de Brasília), era cotado a R$ 3,71 na venda. No dia anterior, a moeda norte-americana perdeu mais de 2% e fechou a sessão a R$ 3,80. O movimento negativo é decorrente da nova fase da operação Lava Jato que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de mandado de condução coercitiva.
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal cumpre 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. Além de São Paulo, a operação ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Bahia e visa endereços e pessoas ligadas ao ex-presidente, inclusive a ex-primeira-dama Marisa Letícia e filhos.
Bolsa de Chicago
Em contrapartida, as cotações futuras do milho trabalham em campo positivo no pregão desta sexta-feira (4) na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 11h49 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam altas entre 1,50 e 2,75 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,55 por bushel, já o maio/16 a US$ 3,58 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo iniciado no dia anterior. Ainda nesta quinta-feira (3), as cotações do cereal acumularam ligeiras altas, com o suporte das vendas para exportação, anunciadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 25 de fevereiro, as vendas do milho totalizaram 1.097 milhão de toneladas, uma alta de 18% em relação à semana anterior.
Contudo, os analistas ainda reforçam que faltam novas informações para mudar o atual cenário de preços praticados em Chicago. Em meio a essa ausência de novidades, as cotações seguem sendo influenciadas pelos dados vindos do financeiro.
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