Com ausência de chuvas há mais de 20 dias, perdas na soja são consolidadas e podem superar os 30% em Coaceral (BA)

Publicado em 02/03/2016 11:06
Altas temperaturas e ventos fortes também contribuem para o cenário e lavouras de soja estão morrendo na região. Plantações em fase de floração e enchimento de grão ainda podem recuperar parte do potencial produtivo, caso as chuvas retornem. Em anos de clima normal, rendimento médio fica próximo de 65 scs/ha. Produtores estão apreensivos com o cumprimento dos contratos.

Na região de Coaceral, extremo Oeste da Bahia, as lavouras de soja da safra 2015/16 são castigadas com a ausência de chuvas e as altas temperaturas. Algumas localidades estão sem precipitações há mais de 26 dias e as temperaturas superam os 38º C. Diante desse quadro, muitas plantações estão morrendo e as perdas podem ficar acima dos 30%.

O produtor rural do município, Carlos Pereira, explica que as lavouras da oleaginosa apresentam vários estágios de desenvolvimento. “As que estão em fase vegetativa podem recuperar parte do potencial produtivo, caso das chuvas retornem à região. Já as em maturação estão secando rapidamente por falta de umidade, temos algumas que já secaram em decorrência desse quadro climático”, afirma.

Esse é um cenário que se repete em todo o Oeste do estado baiano e também do Tocantins, Maranhão e Piauí. “E, além do clima, podemos associar esse evento a várias situações, como a utilização de variedades não adaptáveis, o aparecimento de doenças, mas ainda precisamos esperar e ver os resultados que os institutos de pesquisas irão nos trazer. Porém, isso irá ocasionar um prejuízo muito grande a nossa região. Ainda não conseguirmos quantificar a perdas, mas haverá uma quebra substancial”, pondera Pereira.

Em anos de clima normal, a produtividade média da região fica entre 65 a 67 sacas da oleaginosa por hectare. “Mas com a estiagem das últimas semanas, o número pode ficar abaixo de 40 sacas de soja por hectare e em algumas propriedades o prejuízo deve superar os 50%”, disse o produtor rural.

Em relação ao seguro, Pereira ainda sinaliza que não cobre a perda total de cada agricultor. “O seguro é uma grande hipocrisia, sempre fica um prejuízo e quem irá pagar será o produtor. E também precisamos considerar que há uma apreensão generalizada com o cumprimento dos contratos fechados anteriormente”, relata. 

Confira as fotos enviadas pelo produtor rural:

Lavoura soja por Carlos Pereira - Coaceral BA

Lavoura soja por Carlos Pereira - Coaceral BA

Lavoura soja por Carlos Pereira - Coaceral BA

Lavoura soja por Carlos Pereira - Coaceral BA

Lavoura soja por Carlos Pereira - Coaceral BA

Lavoura soja por Carlos Pereira - Coaceral BA

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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