Café: Cotações do arábica operam com leve baixa nesta manhã de 4ª feira em NY
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de quarta-feira (2) e estendem as perdas das últimas seis sessões. O mercado continua repercutindo aspectos técnicos e as incertezas do financeiro. De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a bolsa opera lateralizada e sem indicar tendência.
Por volta das 09h24, o vencimento maio/16 tinha 114,30 cents/lb com baixa de 45 pontos, o julho/16 registrava 116,20 cents/lb com queda de 50 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 117,95 cents/lb com 50 pontos negativos, enquanto o dezembro/16 operava com 120,30 cents/lb com 35 pontos de desvalorização.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Após testar recuperação, Bolsa de NY vira e fecha em baixa pela sexta sessão consecutiva nesta 3ª
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) testaram recuperação no início dos trabalhos desta terça-feira (1º). No entanto, aspectos técnicos voltaram a predominar no mercado e o campo negativo acabou prevalecendo pela sexta sessão consecutiva em meio a ausência de novidades fundamentais. Ainda assim, segundo analistas, importantes suportes continuam sendo mantidos.
O vencimento março/16 fechou a sessão de hoje cotado a 112,50 cents/lb com baixa de 15 pontos. O maio/16 teve 114,75 cents/lb e o julho/16 registrou 116,70 cents/lb, ambos com queda de 30 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 118,45 cents/lb com desvalorização de 35 pontos.
Esta terça-feira foi um dia marcado pela queda generalizada das commodities. De acordo com analistas, os investidores estão preferindo ativos mais seguros do que as commodities agrícolas uma vez que a aversão ao risco nos mercados globais continua alta. No caso do café, os preços externos devem continuar oscilando com o comportamento do dólar, indicadores técnicos e o ambiente externo. "Acredito que as cotações devem permanecer no intervalo entre US$ 1,15/lb e US$ 1,20/lb até que a safra nova se faça presente", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Apesar de chegar a R$ 4 nesta terça-feira, o dólar comercial acabou fechando com queda de 1,56%, cotado a R$ 3,9411 na venda, o que de certa forma acaba dando certo suporte às cotações do arábica na ICE uma vez que desencoraja as exportações, segundo analistas. O dólar repercutiu novos estímulos na China, alta dos preços do petróleo e indicadores econômicos positivos nos Estados Unidos.
Os relatos no cinturão produtivo do Brasil são de que as lavouras da safra 2016/17 têm se desenvolvido bem, o que acaba reforçando ainda mais o viés técnico do mercado.
Para o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, "o fechamento [de sexta-feira] dos terminais Londrino e Nova Iorquino não inspira confiança aos altistas e se o dólar americano se valorizar as chances são grandes de vermos ambos os mercados fazerem novas mínimas". Além disso, Costa afirma que os torrefadores parecem estar menos preocupados com a necessidade de cobertura de diferenciais para o segundo semestre de 2016, "talvez apostando em uma pressão vendedora com a chegada da safra brasileira", finaliza.
Mercado interno
Os negócios com café seguem lentos no mercado físico brasileiro. "Os produtores não tem muito café neste período de entressafra e preferem aguardar melhores patamares. Por outro lado, vemos que o comprador também não está muito agressivo em suas apostas, diferente das últimas semanas", explicou ontem o analista de mercado da Origem Corretora Anilton Machado.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 3,70% e saca cotada a R$ 521,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 532,00 a saca e baixa de 1,85%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 2,42% e saca valendo R$ 484,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari(MG) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca, a primeira com alta de 2% e a segunda estável. A maior oscilação no dia foi em Guaxupé (MG) com baixa de 2,02% e R$ 485,00 a saca.
Na segunda-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,61 com queda de 0,91%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a cair nesta terça-feira após a forte alta de ontem. O contrato março/16 registrou US$ 1337,00 por tonelada e queda de US$ 38, o maio/16 teve US$ 1377,00 por tonelada e recuo de US$ 36, enquanto o julho/16 anotou US$ 1407,00 por tonelada e desvalorização de US$ 34.
Na segunda-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 373,88 com queda de 0,34%.
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