Café: Após testar recuperação, Bolsa de NY vira e fecha em baixa pela sexta sessão consecutiva nesta 3ª

Publicado em 01/03/2016 18:00

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) testaram recuperação no início dos trabalhos desta terça-feira (1º). No entanto, aspectos técnicos voltaram a predominar no mercado e o campo negativo acabou prevalecendo pela sexta sessão consecutiva em meio a ausência de novidades fundamentais. Ainda assim, segundo analistas, importantes suportes continuam sendo mantidos.

O vencimento março/16 fechou a sessão de hoje cotado a 112,50 cents/lb com baixa de 15 pontos. O maio/16 teve 114,75 cents/lb e o julho/16 registrou 116,70 cents/lb, ambos com queda de 30 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 118,45 cents/lb com desvalorização de 35 pontos.

Esta terça-feira foi um dia marcado pela queda generalizada das commodities. De acordo com analistas, os investidores estão preferindo ativos mais seguros do que as commodities agrícolas uma vez que a aversão ao risco nos mercados globais continua alta. No caso do café, os preços externos devem continuar oscilando com o comportamento do dólar, indicadores técnicos e o ambiente externo. "Acredito que as cotações devem permanecer no intervalo entre US$ 1,15/lb e US$ 1,20/lb até que a safra nova se faça presente", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Apesar de chegar a R$ 4 nesta terça-feira, o dólar comercial acabou fechando com queda de 1,56%, cotado a R$ 3,9411 na venda, o que de certa forma acaba dando certo suporte às cotações do arábica na ICE uma vez que desencoraja as exportações, segundo analistas. O dólar repercutiu novos estímulos na China, alta dos preços do petróleo e indicadores econômicos positivos nos Estados Unidos.

Os relatos no cinturão produtivo do Brasil são de que as lavouras da safra 2016/17 têm se desenvolvido bem, o que acaba reforçando ainda mais o viés técnico do mercado.

Para o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, "o fechamento [de sexta-feira] dos terminais Londrino e Nova Iorquino não inspira confiança aos altistas e se o dólar americano se valorizar as chances são grandes de vermos ambos os mercados fazerem novas mínimas". Além disso, Costa afirma que os torrefadores parecem estar menos preocupados com a necessidade de cobertura de diferenciais para o segundo semestre de 2016, "talvez apostando em uma pressão vendedora com a chegada da safra brasileira", finaliza.

Mercado interno

Os negócios com café seguem lentos no mercado físico brasileiro. "Os produtores não tem muito café neste período de entressafra e preferem aguardar melhores patamares. Por outro lado, vemos que o comprador também não está muito agressivo em suas apostas, diferente das últimas semanas", explicou ontem o analista de mercado da Origem Corretora Anilton Machado.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 3,70% e saca cotada a R$ 521,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 532,00 a saca e baixa de 1,85%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 2,42% e saca valendo R$ 484,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari(MG) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca, a primeira com alta de 2% e a segunda estável. A maior oscilação no dia foi em Guaxupé (MG) com baixa de 2,02% e R$ 485,00 a saca.

Na segunda-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,61 com queda de 0,91%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a cair nesta terça-feira após a forte alta de ontem. O contrato março/16 registrou US$ 1337,00 por tonelada e queda de US$ 38, o maio/16 teve US$ 1377,00 por tonelada e recuo de US$ 36, enquanto o julho/16 anotou US$ 1407,00 por tonelada e desvalorização de US$ 34.

Na segunda-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 373,88 com queda de 0,34%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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