Café: Com influência do financeiro, Bolsa de Nova York opera em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta tarde de sexta-feira (26). Ausente de novidades fundamentais, o mercado tem repercutido nos últimos dias fatores mais técnicos uma vez que todas as variáveis fundamentais já parecem ter sido precificadas nas sessões anteriores pelos operadores.
Por volta das 12h28, o vencimento maio/16 tinha 115,60 cents/lb, o julho/16 registrava 117,50 cents/lb e o setembro/16 estava cotado a 119,15 cents/lb, ambos com 55 pontos positivos. Já o contrato dezembro/16 operava com 121,25 cents/lb e 50 pontos de desvalorização.
O dólar comercial oscila dos dois lados da tabela hoje, mas permanece no patamar de R$ 3,95. Às 12h09, a moeda norte-americana subia 0,37%, cotada a R$ 3,9648 na venda. O dólar mais valorizado ante o real acaba encorajando as exportações da commodity e pressiona as cotações externas.
Apesar da baixa no mercado do arábica nas últimas sessões, o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães afirmou ontem que as cotações tem respeitado importantes suportes e, mesmo com a proximidade da colheita no Brasil, os preços futuros na ICE devem ficar próximos de US$ 1,20/lb.
Informações da agência de notícias Reuters dão conta que operadores em Nova York também acabam repercutindo, mesmo que em menor intensidade, a perspectiva de uma recuperação na safra do Brasil neste ano.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), as lavouras de arábica têm se desenvolvido melhor que na safra passada e, em algumas regiões, a maturação está adiantada. Com isso, os produtores de algumas importantes áreas podem iniciar a colheita já em meados de maio, antecipando a oferta de cafés da nova temporada ainda para o final do primeiro semestre. No geral, os relatos dos produtores são otimistas com o possível aumento do volume e da qualidade dos grãos na temporada 2016/17.
No mercado físico brasileiro, os negócios com café seguem isolados e os preços sustentados. Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,61 com alta de 0,73%.
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