Café: Com influência do financeiro, Bolsa de Nova York opera em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta 6ª feira

Publicado em 26/02/2016 12:46

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta tarde de sexta-feira (26). Ausente de novidades fundamentais, o mercado tem repercutido nos últimos dias fatores mais técnicos uma vez que todas as variáveis fundamentais já parecem ter sido precificadas nas sessões anteriores pelos operadores.

Por volta das 12h28, o vencimento maio/16 tinha 115,60 cents/lb, o julho/16 registrava 117,50 cents/lb e o setembro/16 estava cotado a 119,15 cents/lb, ambos com 55 pontos positivos. Já o contrato dezembro/16 operava com 121,25 cents/lb e 50 pontos de desvalorização.

O dólar comercial oscila dos dois lados da tabela hoje, mas permanece no patamar de R$ 3,95. Às 12h09, a moeda norte-americana subia 0,37%, cotada a R$ 3,9648 na venda. O dólar mais valorizado ante o real acaba encorajando as exportações da commodity e pressiona as cotações externas.

Apesar da baixa no mercado do arábica nas últimas sessões, o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães afirmou ontem que as cotações tem respeitado importantes suportes e, mesmo com a proximidade da colheita no Brasil, os preços futuros na ICE devem ficar próximos de US$ 1,20/lb.

Informações da agência de notícias Reuters dão conta que operadores em Nova York também acabam repercutindo, mesmo que em menor intensidade, a perspectiva de uma recuperação na safra do Brasil neste ano.

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), as lavouras de arábica têm se desenvolvido melhor que na safra passada e, em algumas regiões, a maturação está adiantada. Com isso, os produtores de algumas importantes áreas podem iniciar a colheita já em meados de maio, antecipando a oferta de cafés da nova temporada ainda para o final do primeiro semestre. No geral, os relatos dos produtores são otimistas com o possível aumento do volume e da qualidade dos grãos na temporada 2016/17.

No mercado físico brasileiro, os negócios com café seguem isolados e os preços sustentados. Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,61 com alta de 0,73%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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