Produtores rurais de Santa Rosa del Monday (PY) finalizam a colheita da soja e negócios seguem lentos

Publicado em 26/02/2016 11:23
Preços estão ao redor de US$ 260 a US$ 270 a tonelada da soja e não cobrem todos os custos dos produtores. Rendimento médio das lavouras ficou próximo de 3,3 mil quilos por hectare. Clima irregular e alta incidência da ferrugem asiática baixaram o rendimento das plantações. Na safrinha, investimento deve ser feito nas culturas da soja, milho e trigo.

Em Santa Rosa del Monday, no Paraguai, os produtores rurais já finalizaram a colheita da soja da safra de verão e os negócios caminham lentamente. Atualmente, a tonelada do grão é cotada entre US$ 260,00 a US$ 270,00 na localidade. O agricultor da região, Márcio Giordani Mattei, ressalta que os valores cobrem os custos de produção, mas a grande preocupação é em relação às dívidas com os bancos.

“O produtor tem que fazer mágica para conseguir cumprir os compromissos. E temos que buscar crédito junto às entidades bancárias, que nem sempre irão ceder, porém, temos que seguir produzindo. Essa situação está tirando o sono dos agricultores, pois não está fácil conseguir o crédito”, explica Mattei.

Além disso, o produtor ainda sinaliza que há dívidas da safra passada que precisam ser pagas. “Não dá para ficar prorrogando muito a negociação. A dívida é grande e castiga muitos agricultores, já os custos de produção não baixam. Então temos uma conta bastante ajustada, até porque, os custos ficaram próximos de US$ 600,00 por hectare”, diz.

Em relação à safra, Mattei ainda pondera que o rendimento médio deve ficar próximo de 3,3 mil quilos por hectare nesta temporada. “Tivemos, especialmente no final do desenvolvimento da cultura excesso de chuvas, veranico e também alta incidência de ferrugem nas áreas. Nessas áreas onde os produtores não conseguiram entrar nas lavouras para fazer as aplicações, o controle foi muito difícil”, completa.

Safrinha

No caso da segunda safra, o produtor afirma que alguns agricultores investiram nas culturas da soja e do milho, que até o momento, apresentam boas condições. “Entretanto, as áreas são menores devido aos custos mais altos e dos preços. E temos muitas áreas ainda sem plantio, que poderão ser ocupadas pelo trigo. Mas os custos também são altos, o produtor tem que ver onde irá investir menor para tentar ter mais retorno”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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