Milho: Em meio à nova queda no dólar, preço recua 2,70% em Paranaguá nesta 2ª feira e chega a R$ 36/sc
Em meio à queda do dólar, o preço futuro do milho recuou 2,70% nesta segunda-feira (22) e fechou o dia a R$ 36,00 a saca em Paranaguá. A moeda norte-americana operou em boa parte do dia em campo negativo. E fechou a sessão a R$ 3,9500 na venda, com queda de 1,82%. Na mínima do dia, o dólar tocou o patamar de R$ 3,9312, segundo informou a agência Reuters. A queda foi decorrente posição da China em adotar novas medidas para enfrentar as turbulências nos mercados financeiro e na mais nova alta dos preços do petróleo.
Já no mercado interno, as cotações do cereal continuam firmes, especialmente em regiões deficitárias, como nas paulistas, onde a disputa pelo cereal segue acirrada, conforme informou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em seu boletim semanal. E, pelo menos por enquanto, a colheita de verão, apesar de ganhar ritmo, não é suficiente para enfraquecer os preços praticados.
Até a semana anterior, a colheita da safra de verão tinha atingido 38% da área semeada no Rio Grande do Sul. No Paraná, o índice colhido estava em 24% e em Santa Catarina, o número era de 20%. No Sudeste, os analistas destacam que a colheita começa a ganhar corpo a partir de março.
Por outro lado, a entidade destacou que esse cenário aliado à demanda, que continua firme, é favorável aos produtores que podem resultar em crescimento na área destinada ao milho na safrinha. "Com isso, a depender das condições climáticas e dos seus impactos na produtividade, não será surpreendente se a produção desta temporada superar o recorde da safra anterior", informou em nota. Na safrinha do ano anterior, o país colheu pouco mais de 54 milhões de toneladas do grão, conforme dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
BM&F Bovespa
Durante o pregão desta segunda-feira (22), os preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa perderam forças e fecharam o dia em campo misto. Apenas o vencimento março/16 fechou a sessão do lado negativo da tabela cotado a R$ 42,12 a saca, com queda de 0,87%. As demais posições exibiram ganhos entre 0,08% e 0,74%. O contrato setembro/16 era negociado a R$ 36,03 a saca.
Bolsa de Chicago
Com o suporte do boletim de embarques semanais, os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta segunda-feira (22) do lado positivo da tabela. As principais posições da commodity fecharam o dia com leves ganhos entre 2,25 e 4,00 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,67 por bushel, já o contrato maio/16 era cotado a US$ 3,72 por bushel.
"As cotações de milho e soja encontraram sustentação no relatório de embarques semanais, que ficaram acima das expectativas dos participantes do mercado. Além disso, o bom humor nos mercados globais, influenciados pela recuperação nos preços do petróleo também contribuiu", informou o site internacional Farm Futures.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que na semana encerrada no dia 18 de fevereiro, os embarques de milho somaram 900,323 mil toneladas. As expectativas do mercado giravam em torno de 600 mil a 800 mil toneladas do cereal. O volume anunciado também ficou acima do indicado na semana anterior, de 691,641 mil toneladas de milho. No acumulado da temporada, o país já embarcou 14.014,417 milhões de toneladas do cereal, quantidade abaixo do registrado no mesmo período do ciclo 2014/15, de 17.305,014 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o USDA também divulgou a venda de 100 mil toneladas de milho para a Colômbia. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. Na semana anterior, o órgão divulgou a venda de 101,600 mil toneladas do grão para o Japão e mais 106,162 mil toneladas para a Costa Rica. Ambos os volumes comercializados também serão entregue no ciclo 2015/16.
Paralelamente, os analistas ressaltam que ainda há uma falta de informações que possam modificar o atual cenário de preços praticados no mercado internacional. Isso porque, não há definição sobre a safra norte-americana. Diante dos custos mais altos, os produtores americanos ainda não definiram a área que será destinada ao plantio do milho.
No caso da América do Sul, os investidores ainda acompanham as informações sobre a evolução da safra. Na última semana, a Argentina, declarou estado de emergência em seis estados principais, produtores de soja e milho devido às inundações. O excesso de chuva decorrente do El Niño causou inundações nos campos. Em algumas áreas o milho já começa a ser colhido.
"O tempo na América do Sul é, sem sua maioria, favorável. E o Outlook Forum está próximo, agora temos que esperar quaisquer indicações ou previsões que podem sair do evento deste ano", disse Mike North, presidente do Grupo de Gestão de Risco de Commodities, ao site Agriculture.com.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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