Milho: Frente à valorização do dólar, preços voltam a trabalhar em campo positivo nesta 6ª feira na BM&F

Publicado em 19/02/2016 12:22

Com a influência do dólar, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar em campo positivo no pregão desta sexta-feira (19). As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,59% e 1,56%, por volta das 12h52 (horário de Brasília). O contrato março/16 era cotado a R$ 42,45 a saca, já o maio/16 a R$ 39,15 a saca.

Enquanto isso, o dólar trabalha em alta nesta sexta-feira e, por volta das 13h00 (horário de Brasília) era cotado a R$ 4,0602 na venda, com ganho de 0,27%. A moeda norte-americana se mantém acima de R$ 4,00, depois do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, descartar a possibilidade de corte de juros, em uma semana marcada pela forte volatilidade. Os investidores ainda seguem cautelosos frente à queda nos preços do petróleo e das incertezas políticas e econômicas no Brasil, informou o site G1.

Bolsa de Chicago

Durante as negociações nesta sexta-feira (19), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo positivo. Por volta das 12h43 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ligeiras altas, entre 0,50 e 1,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,66 por bushel, já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,70 por bushel.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 101,600 mil toneladas de milho para o Japão. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. Essa é a segunda operação reportada essa semana, já que nesta quinta-feira (18), o órgão anunciou a venda de 106,162 mil toneladas do cereal para a Costa Rica. A quantidade também será entregue no ciclo 2015/16.

Já o boletim de vendas para exportação, o departamento informou que até a semana encerrada no dia 11 de fevereiro, as vendas de milho somaram 1.297,900 milhão de toneladas do cereal. O volume total ficou acima das expectativas dos participantes do mercado que giravam em torno de 600 mil a 1 milhão de toneladas. Da safra 2015/16, o número ficou em 1.050,7 milhão de toneladas e representa uma alta expressiva em relação a semana anterior, na qual, as vendas totalizaram 346,3 mil toneladas. Da safra nova, 2016/17, o volume indicado ficou em 247,200 mil toneladas do cereal.

Ainda assim, os analistas ressaltam que faltam informações fundamentais para direcionar as negociações em Chicago. Em relação à safra americana, não há definições sobre a área que será destinada ao cereal. E na América do Sul, os participantes do mercado acompanham os dados sobre o clima, já que no Brasil, os produtores estão colhendo a primeira safra do cereal e cultivando a 2ª safra do grão em algumas regiões. Na Argentina, os agricultores deverão iniciar a colheita do milho em breve.

"Em relação ao tempo, especialmente na América do Sul, temos previsão de chuvas na Argentina, o que poderia retardar a colheita do cereal. Ainda ontem, a Bolsa de Buenos Aires estimou a safra do cereal em 25 milhões de toneladas para essa temporada. Já no Brasil, o tempo deverá permanecer um pouco mais seco nas principais regiões produtoras", disse o editor e analista do site Farm Futures, Bob Burgdorfer.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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