Café: Bolsa de NY vira com queda do dólar e principais vencimentos exibem ganhos acima de 100 pts nesta 6ª
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) passaram a subir nesta tarde de sexta-feira (19), após operarem em baixa pela manhã, estendendo as perdas das últimas três sessões. O mercado tem oscilado nos últimos dias se baseando no câmbio uma vez que os fundamentos parecem já ter sido precificados pelos operadores, segundo agências internacionais.
Por volta das 12h33, o vencimento março/16 tinha 115,90 cents/lb com alta de 175 pontos, o maio/16 registrava 117,20 cents/lb com avanço de 110 pontos. O contrato julho/16 operava com 119,00 cents/lb e alta de 100 pontos, enquanto o setembro/16 estava cotado a 120,65 cents/lb com valorização de 85 pontos.
Após fechar acima de R$ 4 na sessão anterior, o dólar comercial recua nesta sexta-feira após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, descartar a possibilidade de corte de juros. Às 12h20, a moeda estrangeira estava cotada a R$ 4,0417 na venda com recuo de 0,18%. Com isso, as cotações do café na ICE acabam ganhando impulso uma vez que o dólar mais baixo em relação a moeda brasileira desencoraja as exportações da commodity.
O mercado em Nova York vem de três sessões consecutivas de queda acompanhando, principalmente, o financeiro. "O comprador lá fora percebe a forte valorização do dólar ante o real e também repercute os altos volumes exportados pelo Brasil mesmo em período de entressafra e acaba pressionando as cotações para tomar essa diferença", explicou ontem o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
De acordo com agências internacionais, os aspectos fundamentais do mercado já foram precificados nas cotações externas. No Brasil e em outras origens produtoras, os relatos são de que a safra 2016/17 será boa e suficiente para reabastecer os estoques mundiais que estão baixos.
Segundo a Somar Meteorologia, as áreas produtoras do Brasil têm recebido pancadas de chuvas eventuais nos últimos dias e somente no decorrer de março, especialmente, no segundo decêndio do mês, são esperadas precipitações mais generalizadas e a diminuição das temperaturas na região central do Brasil.
No mercado físico, as cotações do café seguem descoladas do referencial externo em meio à retração vendedora. Acontecem apenas negócios isolados. Na quinta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 487,77 com alta de 0,15%.
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