Preço do leite ao produtor teve leve recuo em janeiro mas cenário é de retomada das altas com redução antecipada da oferta, diz Cepea
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Pela análise do Cepea, preço do leite ao produtor teve leve recuo em janeiro mas cenário é de retomada das altas em função da redução antecipada da of
DownloadApesar do período considerado de safra, os preços pagos ao produtor registraram ligeira alta em janeiro. De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), na média do país, o valor bruto subiu 0,77% na comparação com o mês anterior, indo para R$ 1,0615/litro. Já o preço líquido médio (não inclui frete e impostos) foi de R$ 0,9660/litro, baixa de 0,13% no mês.
De acordo com o analista do Centro, Wagner Yanaguizawa, a captação recuou em dezembro, pressionando a oferta. Assim, mesmo com a demanda considerada enfraquecida, houve aumentos dos preços em algumas regiões. "A oferta de leite que era esperada para esse momento não está ocorrendo, e com isso acabou impulsionando o preço bruto", explica.
A redução na captação refletiu as condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras na virada de 2015 e já está sendo vista pelos agentes do mercado como uma tendência para os próximos meses.
No entanto, em comparação com anos anteriores os preços seguem em queda. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve recuo de 4,5% em termos reais no preço pago em janeiro, em função da queda no consumo interno.
"A situação para o produtor ainda está bastante complicada, porém esperamos que o patamar de preço seja um pouco melhor para esse ano", destaca Yanaguizawa explicando que apesar de não haver projeções de melhora na demanda, a captação também não deverá ficar muito acima do volume consumido.
Para os próximos meses, a maioria dos representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea acredita que haverá nova alta nos preços pagos ao produtor. Entre os entrevistados, 51,9% dos agentes (que representam 66,7% do volume amostrado) acreditam em valorização; outros 36,5% dos colaboradores esperam estabilidade em fevereiro (estes representam 25,6% do leite amostrado); e 11,5% dos entrevistados ainda têm expectativa de queda nos valores no mês que vem.
2 comentários
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Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
ah!... o café vai no mesmo caminho...
Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Anotem no canto das agendas e daqui a alguns anos verão que a produção de leite no Brasil seguiu o mesmo caminho da avicultura e da suinocultura... vejamos: Nos 3 estados do Sul, na década de 70, 80, a atividade que gerava recursos ao produtor rural era a suinocultura e avicultura nas pequenas e médias propriedades rurais, com alguma exceções... nesta época, as margens de lucro (quando isto acontecia) eram grandes e o produtor, na média, ganhava pela margem e não por volume...
Com a entrada da avicultura e suinocultura em grandes volumes, e com a redução das margens (e a mudança de forma de renda por volume, e não mais por margens grandes) estes pequenos e médios produtores foram deixando esta atividade e se concentraram no leite... O leite começa agora o mesmo movimento de aves e suinos... ganhos por volumes grandes e baixos custos, e não por margens... e em poucos anos só teremos produtores de mais de 500 litros dia... portanto, o leite deixará de ser uma atividade de pequenas e médias propriedades... aliás, isto já vem acontecendo... e em poucos anos estará excluido do setor... esta é, infelizmente, a verdade....Dalzir me parece vagamente que você teve contato de trabalho com Egon----Estou certo?
Lembro desse amigo falecido em setembro do ano retrasado, que eu considero a LUZ e EXEMPLO que quaisqer empresarios brasileiros deveriam tomar como
referencia.
O processo dos produtores de leite abordado por você e' um processo inevitavel de sobrevivencia. Realmente vai acontecer porque nao tem outro jeito.
Porem o leite brasileiro nao desempenhara' o mesmo papel do frango e porco no mercado internacional porque o custo da alimentaçao e' o grande entrave.
A Europa os Estados Unidos a Argentina e a Nova Zelandia todos grandes produtores tem como base a ALFAFA que oferece proteina a baixo custo.
Recentemente no Brasil apareceu o Arachis Pintoi que porem tem custo alto das
sementes e isso reduz a velocidade de entrada do Brasil no mercado mundial.
Dalzir, o futuro chegou. Produção de leite inferior a 1.500 litros/dia não dá mais. Abaixo disso é feito com mão de obra familiar, mas até quando o colono vai aguentar a dura vida de leiteiro? O filhos já foram pra cidade, e só voltam pra visitar. Comida abaixo do preço de custo, para agradar o povo da cidade tem um alto preço social.