Milho: Após perdas do dia anterior, mercado esboça ligeira reação na manhã desta 3ª feira em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho exibem ligeiras altas na manhã desta terça-feira (2). As cotações do cereal operam bem próximas da estabilidade e, por volta das 7h47 (horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,72 por bushel e o maio/16 a US$ 3,76 por bushel.
As cotações testam uma tímida reação depois quedas registradas no dia anterior. Nesta segunda-feira (1), os futuros da commodity foram pressionados pela nova queda nos preços do petróleo e pelas informações vindas da economia da China, conforme informou o site internacional Farm Futures. Com isso, no final do pregão, as cotações exibiram desvalorizações entre 0,75 e 1,25 pontos.
Já os embarques semanais de milho ficaram dentro das estimativas dos participantes do mercado, de acordo com o boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Até a semana encerrada no dia 28 de janeiro, os embarques do grão somaram 681,807 mil toneladas.
Paralelamente, os investidores acompanham o cenário climático na Argentina. Ainda ontem, mapas meteorológicos mostravam leves chuvas para o nordeste do país, onde as condições de seca durante o período vegetativo têm preocupado os produtores rurais. Ainda assim, a perspectiva é que a precipitação não tenha sido suficiente para algumas lavouras, que já estavam prontas para serem colhidas.
A nova safra norte-americana ainda continua em pauta no mercado. "Ainda não há certezas em relação à área destinada ao milho nos EUA, uma vez que os custos de produção estão acima dos valores praticados atualmente no mercado", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Na BM&F, mercado consolida movimento positivo e fecha pregão com alta de até 1,79% nesta 2ª feira
A sessão desta segunda-feira (1) foi positiva aos preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal encerraram o pregão com altas entre 0,74% e 1,79%. O vencimento março/16 subiu 1,63% e fechou o dia a R$ 40,45 a saca, já o maio/16 era cotado a R$ 38,70 a saca.
As cotações esboçaram uma reação, apesar da queda registrada no dólar nesta segunda-feira. A moeda norte-americana encerrou o pregão no menor nível neste ano, abaixo dos R$ 4,00. O câmbio finalizou a sessão cotado a R$ 3,9591 na venda, com queda de 1,62%. Conforme dados da agência Reuters, o dia foi marcado pela baixa liquidez no último dia de recesso parlamentar e depois do Banco Central brasileiro sinalizar que deve rolar integralmente os swaps cambiais que vencem em março.
Já no mercado interno, o dia foi de volatilidade, em Não-me-toque (RS), a saca do cereal registrou ligeira alta de 1,54%, cotada a R$ 33,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço também ficou em R$ 33,00, mas a queda foi de 4,35%. Em Tangará da Serra (MT), o recuo na cotação foi de 1,79%, com a saca negociada a R$ 27,50. Na região de Campo Novo do Parecis (MT), o valor também registrou baixa, de 1,82%, com a saca do cereal a R$ 27,00.
No Porto de Rio Grande, a saca finalizou o dia a R$ 42,00 e sem variação. Já em Paranaguá, não houve referência para esse início de semana. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade para as cotações.
No mercado interno, o movimento de forte alta nos preços perdeu forças na última semana de janeiro, porém, os valores continuam sustentados na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
"Vendedores se retraíram esperando novas altas, enquanto compradores seguiram relutantes em fechar novos negócios. Com isso, os preços no mercado físico se sustentaram, mesmo com a colheita avançando no Sul e Sudeste, pois o volume disponibilizado ainda é pequeno. Já os contratos futuros com vencimentos mais recentes sinalizam leve queda", divulgou o centro em nota.
Ainda hoje, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) reportou que as exportações de milho somaram 4.458,5 milhões de toneladas nos 20 primeiros dias de janeiro. A média diária ficou em 222,9 mil toneladas do cereal. Em comparação com o mês anterior, a média representa uma queda de 21,8%, já que em dezembro/15 o número ficou em 284,9 mil toneladas do grão.
Já em relação ao mesmo período do ano passado, o volume representa uma alta de 46,5%. Em janeiro de 2015, a média diária exportada ficou em 152,2 mil toneladas. Os embarques renderam ao Brasil uma receita de US$ 735 mil, com média diária de US$ 36,8 mil.
Leilão de venda de estoques públicos
Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou dois leilões de venda dos estoques públicos de milho. Na primeira operação, das 40.326.387 mil toneladas ofertadas foram negociadas 98,52%, equivalente a 39.730,777 mil toneladas do cereal. O lote 1 foi o mais negociado e comercializou 100% do volume ofertado, de 556,473 toneladas de Campo Grande (MS). O preço inicial de R$ 23,10 a saca de 60 kg, subiu 35,06% ao longo do leilão e fechou a operação com valor de R$ 31,20 a saca.
A Conab também reportou o resultado da segunda operação realizada hoje. Do total ofertado, cerca de 107.703,647 mil toneladas do cereal, o volume negociado foi de 80,01%, igual a 86.176,754 mil toneladas. A entidade divulgou que a sobra foi de 21.526,893 mil toneladas. Em Palmeira das Missões (RS), 100% do volume ofertado, de 1.787,490 mil toneladas, foi comercializado. O preço apresentou elevação de 53,57% e passou de R$ 25,20 a saca para R$ 38,70 a saca.
"O Governo pegou carona nos bons preços e estava custando caro carregar esses estoques. Então, aproveitou para fazer dinheiro para os cofres públicos. Vendeu bem, foram comercializadas ao todo 126 mil toneladas, das 150 mil ofertadas, desempenho satisfatório e com preços acima dos valores iniciais. Isso acabou esfriando o ânimo dos compradores, já que o Governo também pode fazer mais leilões", afirma o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
O consultor também destaca que o fôlego dos preços está mais curto, especialmente diante do andamento da colheita da safra de verão. "Já atingimos o pico do preço em janeiro, os compradores baixaram suas oposições. Tínhamos negócios entre R$ 45,00 a R$ 46,00 a saca do cereal nos portos, mas hoje o valor já está em R$ 41,00 a R$ 43,00. O mercado dá uma acomodada, porém, dificilmente irá recuar abaixo de R$ 40,00 a saca no porto. Em março, as cotações podem atingir os valores mais baixos e os grandes consumidores podem fazer estoques", completa.
Bolsa de Chicago
Os futuros do milho fecharam o pregão desta segunda-feira (1) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiram perdas entre 0,75 e 1,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,71 por bushel, já o contrato era negociado a US$ 3,75 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, o mercado acabou sendo pressionado pelas informações vindas do mercado financeiro e da queda registrada nos preços do petróleo. Por volta das 17h54 (horário de Brasília), o barril era cotado a US$ 31,52 na Bolsa de Nova York.
Apesar das movimentações, os analistas destacam que o mercado ainda opera de forma lateralizada e em busca de novas informações. Com isso, as especulações sobre a nova temporada nos Estados Unidos continuam, uma vez que não há ainda definição sobre a área que será cultivada com o grão na safra 2016/17. "Ainda não há certezas em relação à área destinada ao milho nos EUA, uma vez que os custos de produção estão acima dos valores praticados atualmente no mercado", ressalta Brandalizze.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de embarques semanais. No caso do cereal, os embarques do cereal somaram 681,807 mil toneladas na semana encerrada no dia 28 de janeiro. As expectativas do mercado giravam em torno de 550 mil e 700 mil toneladas. O total ficou ainda acima do registrado na semana anterior, quando foram embarcadas 599,765 mil toneladas. No acumulado do ano comercial, os EUA já embarcaram 11.917,591 milhões de toneladas.
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