Mato Grosso busca romper barreira de produtividade das 50 sacas por hectare de soja
A convite da Fundação MT, a equipe do Notícias Agrícolas foi à região de Nova Mutum entre os dias 28 e 29 de janeiro para conhecer os trabalhos da instituição, suas áreas de ensaios e perspectivas para a safra 2015/16 de soja do estado.
Irregularidade é a palavra mais comum entre pesquisadores, especialistas e produtores rurais. Depois dos desafios impostos pelo clima adverso, a possibilidade de uma avaliação desta temporada se mostra bastante sensível às reações que aquelas lavouras que foram plantadas mais tarde, em função do atraso na semeadura causado pela chuva, ou as primeiras que começam a ser colhidas neste final de janeiro, possam ainda apresentar.
Fato é que, diante de cenários como este, a complexidade do sistema de produção do maior estado produtor de soja do Brasil aumenta a cada novo ano safra, incrementando também a importância da pesquisa no campo e, mais ainda, das soluções trazidas pela fundação, que já completa mais de 20 anos de trabalho. Nesse período, a área cultivada com soja no estado quintuplicou, chegando aos atuais 9,2 milhões de hectares, mas a produtividade está estagnada e ainda carrega o índice médio de 50 sacas por hectare. E a Fundação MT vem trabalhando também para ampliar essa média, essencialmente, por meio da tecnologia e da disseminação de boas práticas de manejo entre os produtores rurais.
"O objetivo é, enfim, romper essa barreira das 50 sacas por hectare", afirma o pesquisador Ivan Pedro, com especialização em Proteção de Plantas. O especialista explica que em todos estes ano que fizeram de Mato Grosso o maior estado brasileiro produtor de soja, as ações do homem vêm mudando as condições do campo e, consequentemente, as tecnologias e práticas que o produtor adota devem se adaptar a estas mudanças.
Entre os estudos, a instituição vem ainda buscando soluções que possam reduzir as perdas dos produtores rurais com a incidência de pragas, doenças e os nematóides que, atualmente, são milionárias. Pesquisas mostram que essas perdas causadas somente pelos nematóides podem chegar até a 100% das lavouras em alguns casos, e Mato Grosso é onde o problema é mais grave no Brasil.
A seguir, veja algumas imagens das áreas de estudo da Fundação MT em Nova Mutum. Fotos de Carla Mendes e Fernanda Custódio.
Áreas de pesquisa trazem estudo sobre o impacto dos nematóides no solo e as ferramentas testadas para o efeito de seus ataques. As plantas de soja podem ser atacadas por diversos tipos de nematóides, como os de cisto, de lesão e galha, por exemplo, reduzindo a produtividade da oleaginosa e outras culturas, já que agem diretamente em suas raizes.
As imagens a seguir mostram áreas testes com a utilização de braquiárias e crotalárias na rotação de cultura como fora de preservar a nutrição e boas condições do solo.
O percevejo é uma das pragas que vem tirando o sono do produtor rural de Mato Grosso. Na foto abaixo, o barriga-verde, que vem castigando lavouras de milho, mas que também ataca a soja. Para a oleaginosa, porém, o mais agressivo é o percevejo marrom. Neste caso, a rotação de cultura também atua como uma das principais práticas para minimizar seu ataque.
Outra prática que tem sido destaque entre os estudos da Fundação MT e que os pesquisadores têm buscado fortalecer cada vez mais entre os produtores é o plantio da soja na palhada do milho. Quem contou com essa técnica nos períodos de severa estiagem na época do plantio pôde reduzir os efeitos das adversidades climáticas.
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