Mosca branca é o principal problema da safra e ferrugem asiática ainda tem potencial para prejudicar lavouras em MT
A equipe da Aprosoja MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), percorreu lavouras de soja das regiões Oeste, Médio-Norte e Norte de Mato Grosso, com objetivo de verificar a situação da lavoura, doenças, pragas e a logística durante a colheita.
Segundo o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas - que acompanhou as visitas a campo -, o destaque desta safra foi a irregularidade, especialmente a climática, que trouxe consequências para a produção.
Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, há extensas áreas prontas para serem colhidas, mas a chuva constante que ocorrem nos últimos dias tem atrapalhado o andamento dos trabalhos de campo.
De acordo com o último levantamento da Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), até o dia 29 de janeiro pouco mais de 10% da área total cultivado havia sido colhida. Esse percentual corresponde a um atraso de 2,1% em relação a safra 2014/15.
As perdas mais consideráveis ocorreram nas lavouras precoces, onde as chuvas foram bastante irregulares de setembro a novembro, prejudicando a produtividade. Contudo, as cultivares de médio e longo ciclo, apesar de terem desenvolvido em condições climáticas benéficas, as chuvas intensar agora no final do cultivo tem favorecido a propagação de pragas e doenças.
De acordo com Ribas, a presença de focos de ferrugem asiática foi quase que inexistentes, porém foram constatados altos índices de doenças de final de ciclo. "Em termos de pragas, surtos normal de lagartas, com o produtor fazendo o manejo integrado, e a mosca branca sendo a grande vilã nesta safra", acrescenta.
Contudo, o cenário climático das últimas semanas ainda traz potencial para o desenvolvimento da ferrugem asiática, e os produtores devem ficar atentos.
Apesar de não ser possível quantificar no momento o tamanho das perdas, o diretor técnico não descarta que a redução na produção nesta safra será considerável. Com o andamento da colheita, agora é preciso aguardar os próximos levantamento dos institutos responsáveis do estado para avaliar a produtividade da soja no Mato Grosso.
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