Mais uma semana de preços firmes para o boi gordo, e queda no frango e suíno vivo
Boi Gordo: Com dificuldade de compra negociações ficam lentas e sem espaço para queda de preços
Por Maisa Módolo, engenheira agrônoma da Scot Consultoria
O dia está lento para as negociações no mercado do boi gordo nesta sexta-feira. Mesmo assim, não há espaço para os preços cederem.
A arroba do boi gordo subiu em nove praças, das trinta e uma regiões pesquisadas.
A dificuldade de compra tem sido o principal fator de mercado, o que vem fazendo as indústrias pagarem mais pela arroba a fim de adquirir boiadas.
Em São Paulo, na região de Araçatuba, a maior parte dos negócios ocorre a R$152,00/@, à vista. No entanto, existem negócios em valores maiores, o que indica que há a possibilidade de novas altas nesta praça em curto prazo.
Em contrapartida, os preços da carne estão sem força e não têm acompanhado as oscilações positivas da arroba.
Desde o início do mês o quilo do boi casado de animais castrados teve desvalorização de 5,5%. Já a arroba do boi gordo subiu 2,7% no mesmo período em São Paulo.
Este cenário tem encurtado a margem dos frigoríficos.
Frango Vivo: Oferta elevada e baixa demanda derrubam preços em MG e SP nesta semana
Por Larissa Albuquerque
O mercado do frango vivo encerra mais uma semana com queda de preços pago ao produtor independente. A oferta elevada e baixa demanda impediram a continuidade no movimento de alta que foi observado no final do ano passado.
Somente nesta semana, a cotação nas granjas paulistas saiu de R$ 2,80/kg para R$ 2,50/kg, apresentando uma desvalorização de 10,71% no período. Em Minas Gerais não foi diferente, nos últimos sete dias o quilo do animal vivo pago ao produtor independente caiu 5,56%, deixando os R$ 2,70/kg para R$ 2,55/kg.
Desde o inicio do mês, o frango em Minas retrocedeu de R$ 3,00 para R$ 2,50 o quilo. Já em São Paulo a cotação recuou de R$ 3,10 para R$ 2,55/kg. No oeste do Paraná o preço teve baixa de R$ 2,75 para R$ 2,45.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a elevada ofertas provenientes das integrações, e a menor demanda - típica deste período do ano - fizeram com que os preços do frango vivo tiveram forte depreciação ao longo do mês.
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De acordo com o relatório semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), embora as cotações venham cedendo no decorrer deste mês, os patamares se mantêm acima dos valores praticados há um ano em termos reais.
Com a queda nas cotações e o aumento dos custos, muitos avicultores já trabalham no vermelho em 2016. O aumento no custo do milho e do farelo de soja nos últimos meses tem afetado os gastos com a alimentação das aves que já alcançou a pior relação de troca dos últimos doze meses.
Para fevereiro, o cenário ainda tende a ser de forte pressão interna, ainda que haja a tradicional melhora na demanda durante a primeira metade do mês. “Não vejo, ao menos por enquanto, uma expectativa de melhora nos preços, pois o custo segue muito alto e a oferta de carne de frango está elevada internamente. Demorará algumas semanas para que esse excedente possa ser enxugado”, avalia.
Exportações
E mesmo com o bom desempenho das exportações neste inicio de ano, as cotações não consegue avançar. Dados parciais divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apontam que 15 dias úteis foram exportados 220,1 mil toneladas, com média diária de 14,7 mil toneladas.
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Comparando as médias diárias, houve um recuo de 10,8% em relação a dezembro do ano passado. Mas em relação a janeiro de 2015 há um crescimento de 24,6 % na média de volumes embarcados. Em receita, a soma é de US$ 298,5 milhões.
Leilão da Conab
Também nesta semana a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) definiu os preços para o leilão de milho que acontecerá na próxima segunda-feira (01). Em nota a Companhia reportou que nas duas primeiras operações serão vendidas 150 mil toneladas, com valores entre R$ 20,34 a R$ 25,20 a saca de 60 kg.
"O volume negociado na primeira operação será de 40.326.387 kg de milho em grãos, a granel e ensacado. O lote 1, em torno de 556,473 toneladas do grão com origem de Mato Grosso do Sul, terão preço inicial de R$ 23,10 a saca. Os demais lotes, de 2 a 10, negociarão 39.769,914 mil toneladas e terão como origem o Mato Grosso. A cotação inicial será de R$ 20,34 a saca de 60 kg", declarou.
O cereal leiloado será destinado aos criadores de aves, suínos e bovinos, com objetivo de reduzir os custos com a alimentação animal a base do milho.
Produção 2015
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), informou nesta semana que a produção brasileira de carne de frango totalizou no ano passado 13,146 milhões de toneladas, volume 3,58% superior ao registrado no ano de 2014.
Com este resultado, o Brasil se consolidou como segundo maior produtor de carne de frango do mundo, superando a China – que produziu no ano passado 13,025 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês).
Suíno Vivo: Com demanda fraca, preços encerram mais uma semana em queda
Por Larissa Albuquerque
Com a demanda retraída neste início do ano, a oferta de animais tem sido superior a necessidade do mercado, assim, os preços do suíno vivo vêm em queda desde a primeira semana de janeiro.
Somente nos últimos sete dias, as principais praças de comercialização apresentaram desvalorizações. No Rio Grande do Sul, a bolsa semanal definiu retração de R$ 0,23 no preço pago ao produtor independente. Assim, a cotação no estado ficou em R$ 3,30/kg.
Em São Paulo a queda foi maior. A APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) apontou que a referência de preços para o estado que estava sendo negociada entre R$ 73 e R$ 75/@, passou para R$ 65 a R$ 69/@. A cotação equivale a R$ 3,47 e R$ 3,68 pelo quilo.
A exemplo dos outros estados, em Minas Gerais a referência de negócios passou de R$ 4,20/kg para R$ 4,00/kg, sendo a terceira semana consecutiva de baixa para a região.
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Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), desde o inicio do mês os preços do suíno apresentaram forte queda de 15% no indicador.
"Assim, a carne suína também acumula fortes desvalorizações neste mês, o que pode estimular a demanda por esta proteína. No atacado da Grande São Paulo, as cotações da carcaça comum e da carcaça especial recuam cerca de 13% desde o encerramento de 2015", afirma o Centro em nota.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos relataram grandes dificuldades na comercialização e no repasse de preços ao longo do mês e as perspectivas também se mostram pouco animadoras para fevereiro.
Exportações
Nesta segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os resultados parciais de embarques até a terceira semana de janeiro. Em 15 dias úteis, foram embarcados 29,4 mil toneladas, com média diária de 2,0 toneladas.
Em comparação com a média diária de janeiro de 2015, há um crescimento de 73%, enquanto em relação ao mês passado, o aumento é de 14,5%. Em receita, os números apontam para US$ 53,4 milhões.
Leilão da Conab
Também nesta semana a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) definiu os preços para o leilão de milho que acontecerá na próxima segunda-feira (01). Em nota a Companhia reportou que nas duas primeiras operações serão vendidas 150 mil toneladas, com valores entre R$ 20,34 a R$ 25,20 a saca de 60 kg.
O cereal leiloado será destinado aos criadores de aves, suínos e bovinos, com objetivo de reduzir os custos com a alimentação animal a base do milho.
"O volume negociado na primeira operação será de 40.326.387 kg de milho em grãos, a granel e ensacado. O lote 1, em torno de 556,473 toneladas do grão com origem de Mato Grosso do Sul, terão preço inicial de R$ 23,10 a saca. Os demais lotes, de 2 a 10, negociarão 39.769,914 mil toneladas e terão como origem o Mato Grosso. A cotação inicial será de R$ 20,34 a saca de 60 kg", declarou em nota.
Mesmo com o anúncio, a ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos) cobrou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) medidas emergenciais quanto a venda no balcão. Na ocasião o presidente, Marcelo Lopes, sugeriu o aumento do limite de compra do milho balcão.
>> ABCS cobra medidas emergenciais quanto à venda de milho balcão
Balanço da produção 2015
De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção brasileira de carne suína registrou crescimento de 4,95% em 2015 na comparação com o ano anterior, totalizando 3,643 milhões de toneladas.
>> Produção brasileira de carne suína cresce 4,95% em 2015
Em cabeças, foram 41,3 milhões animais produzidos no ano, total 3,42% maior que o registrado em 2014. De acordo com os levantamentos da ABPA, o Estado de Santa Catarina foi o estado com maior produção no ano passado, com 900,46 mil toneladas produzidas, volume 5,44% superior ao ano anterior.
Na praça catarinense, a situação não foi diferente. A bolsa de suínos da semana apontou uma queda de R$ 0,30 no quilo, assim a nova cotação recuou de R$ 3,35 para R$ 3,05 para ao produtor independente.
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