Café: Bolsa de Nova York avança pela sétima sessão seguida, mas esboça ganhos moderados nesta tarde de 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta tarde de sexta-feira (29), mas estendem os ganhos das últimas seis sessões. Nos últimos dias, o mercado tem se baseado mais em aspectos técnicos e ganha suporte do dólar que tem recuado ante o real. Algumas informações também dão conta de que os operadores começam a repercutir nos preços um possível desequilíbrio global de café entre oferta e demanda.
Por volta das 12h27, o vencimento março/16 tinha 119,50 cents/lb e o maio/16 registrava 121,65 cents/lb, ambos com alta de 35 pontos. Já o contrato julho/16 tinha 123,35 cents/lb e o setembro/16 operava com 124,95 cents/lb, os dois também com avanço de 35 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações em Nova York esboçam leve alta em linha com recompras de fundos e uma melhora no humor global.
Acompanhando o corte nos juros do Japão e a venda de dólares com compromisso de recompra pelo Banco Central, o dólar comercial cai mais de 1% nesta sexta-feira. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real acaba desencorajando as exportações da commodity. Às 12h, a moeda norte-americana recuava 1,05%, cotada a R$ 4,0369 na venda.
Além das questões técnicas e o cenário macroeconômico, o mercado também já começa a dar sinais de um possível desequilíbrio global entre oferta e demanda e os operadores repercutem – mesmo que em menor intensidade – essas informações nas cotações, segundo informações de agências internacionais. O banco ABN Amro, por exemplo, estima que o consumo da commodity possa exceder a oferta em mais de 4% neste ano.
Em meio a três safras consecutivas de queda, os estoques de café do Brasil, acumulado ao longo dos anos, conseguiram suprir os volumes recordes de exportação em 2014 e 2015, mas agora estão baixos. Em entrevista exclusiva ao Notícias Agrícolas na sexta-feira passada, o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Silas Brasileiro informou que estoques de passagem do País devem chegar em março deste ano no menor volume da história, entre 4 e 5 milhões de sacas de 60 kg.
Com os estoques brasileiros apertados, os negócios no mercado físico brasileiro dão sinais de melhora com os produtores mais ativos por conta dos preços firmes, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Na quinta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 500,75 com alta de 0,50%.
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