Café: Após atingir menor patamar em quase dois anos, NY registra recuperação pela terceira sessão seguida nesta 2ª
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta segunda-feira (25), após oscilar dos dois lados da tabela durante o pregão. No lado baixista, pesou sobre o mercado as informações em relação ao desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17 do Brasil e o clima. No entanto, algumas compras especulativas foram registradas, o que acabou favorecendo a valorização nas cotações. A queda do dólar em relação ao real acabou contribuindo no suporte aos preços.
O vencimento março/16 registrou 116,45 cents/lb, o maio/16 teve 117,70 cents/lb. Já o contrato julho/16 anotou 120,60 cents/lb e o setembro/16 encerrou a sessão com 122,45 cents/lb. Todos com alta de 45 pontos.
Mesmo que baseado em fatores mais técnicos, o mercado esboçou recuperação pela terceira sessão consecutiva hoje, após cair forte na quarta-feira da semana passada acompanhando o cenário macroeconômico e as divulgações mais otimistas sobre a produção do Brasil. "O mercado apresenta um viés técnico, com uma recuperação para o café, depois de tocarmos as mínimas de quase dois anos ao longo da última semana", informou um trader.
Em um dia marcado por baixo volume de negócios, por conta do feriado na cidade de São Paulo, o dólar fechou em queda nesta segunda-feira. A moeda norte-americana recuou 0,21%, cotada a R$ 4,1020 na venda. O dólar menos valorizado ante o real desencoraja as exportações e dá suporte às cotações na ICE.
Para o analista João Santaella, apesar das cotações repercutirem mais os aspectos técnicos neste momento, alguns players continuam atentos ao desenvolvimento da safra 2016/17 do Brasil e os reflexos do clima. As exportações recordes do País em 2015 também pesam negativamente sobre os preços.
No cinturão produtivo do Brasil, o clima deve continuar instável. De acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia, entre hoje e amanhã instabilidades tropicais, associadas ao calor, devem causar pancadas de chuva e trovoadas nas áreas de café do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Mercado interno
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi de poucos negócios nas praças de comercialização do Brasil. "No geral, a última semana do mês de janeiro começa com a sensação de que, no café, o ano de 2016 ainda não começou". Por conta do dólar, os preços se mantém firmes ou registram leve alta.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 551,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) e Varginha (MG), ambas com alta de 0,93% e saca cotada a R$ 545,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 - estável. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 0,97% e R$ 520,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguari(MG) com R$ 520,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 2,00% e saca cotada a R$ 510,00.
Na sexta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,29 com alta de 1,26%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta segunda-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1385,00 por tonelada com recuo de US$ 10, o maio/16 teve US$ 1414,00 por tonelada e o vencimento julho/16 anotou US$ 1443,00 por tonelada, ambos com desvalorização de US$ 11.
Na sexta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 395,62 com avanço de 1,28%.
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