Milho: Após perdas do dia anterior, mercado exibe ligeiras altas na manhã desta 6ª feira na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram o pregão desta sexta-feira (22) com leves altas. Por volta das 8h01 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal exibiam ganhos entre 0,75 e 1,50 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,67 por bushel, mesmo patamar registrado no fechamento do dia anterior. Já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,72 por bushel.
O mercado testa uma reação depois das perdas observadas no dia anterior, entre 1,50 e 1,75 pontos. Nesta quinta-feira, as cotações foram pressionadas pela fraqueza do mercado americano de etanol, segundo dados das agências internacionais. De acordo com informações da AIE (Agência de Informação de Energia), a produção de etanol ficou em 983 mil barris diários, na semana encerrada no dia 15 de janeiro.
O número representa uma queda de 1,9% em relação ao volume divulgado na semana anterior, de 1,003 milhão de barris diários. Paralelamente, os estoques subiram de 21,3 milhões para 21,9 milhões de barris no mesmo período, um aumento de 2,8%. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de vendas para exportação.
Na semana anterior, o número ficou em 669,2 mil toneladas, no acumulado na semana encerrada no dia 7 de janeiro. Ainda assim, os números oficiais indicam que as vendas de milho estão cerca de 25% abaixo do registrado no mesmo período do ciclo anterior.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
Milho: No mercado interno, preços acompanham dólar e registram alta de até 7,81% nesta 5ª feira
A quinta-feira (21) foi mais um dia de alta aos preços do milho no mercado interno brasileiro. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço da saca do grão subiu 7,81%, para R$ 34,50. Nas praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, ambas no Paraná, a valorização foi de 3,23%, com a saca do grão a R$ 32,00. Em Jataí (GO), a cotação também chegou aos R$ 32,00 a saca, com ganho de 3,23%. Em Paranaguá, a saca permaneceu estável em R$ 43,00/sc.
Na região de Campo Novo do Parecis (MT), o preço da saca subiu 1,92%, para R$ 26,50. Em Não-me-toque (RS), o ganho ficou em 1,64%, com a saca negociada a R$ 31,00. Já na região de Tangará da Serra (MT), o dia também foi positivo, com a saca do milho a R$ 26,80 e alta de 1,13%. Mais uma vez, as cotações encontram sustentação na valorização cambial.
Por sua vez, a moeda norte-americana subiu 1,47% e encerrou o dia a R$ 4,1655 na venda, acima da máxima histórica de fechamento anterior a R$ 4,1461, patamar registrado em 23 de setembro de 2015. Na máxima do dia, o câmbio tocou o nível de R$ 4,1737. Segundo a agência Reuters, o dólar foi impulsionado pela medida do Banco Central em manter os juros básicos em 14,25% diante das dúvidas sobre a comunicação e a estratégia da política monetária.
De acordo com levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a valorização do milho ultrapassa os 18% na parcial de janeiro no interior de São Paulo. Isso porque, com o dólar em alta as exportações brasileiras de milho permanecem aquecidas desde o mês de outubro. E a projeção é que na nesta temporada, os embarques do cereal superem as 35 milhões de toneladas. Com isso, os analistas destacam que o Brasil já se consolidou como um grande player de milho no mercado mundial.
Consequentemente, os estoques nacionais ao final desta temporada, em 31 de janeiro, devem ser menores. O que associado às expectativas de menor oferta na safra 2015/16 contribuem para a disparada dos preços internos. Em reais, os atuais patamares são os maiores desde meados de 2013 ou do primeiro trimestre de 2014, a depender da região, ainda de acordo com dados do centro de pesquisa. O Indicador ESALQ/BM&Bovespa do milho, referente à região de Campinas, subiu 17,6% na parcial do mês, fechando a R$ 43,31 a saca de 60 kg na última quarta-feira (20).
BM&F Bovespa
Já na BM&F Bovespa, as principais posições da commodity fecharam o pregão desta quinta-feira (21) em campo misto, bem próximas da estabilidade. As primeiras posições acumularam perdas entre 0,26% e 0,49%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 40,80 saca, depois de encerrar o dia anterior a R$ 41,00. Apenas o contrato setembro/16 exibiu ligeiro ganho, de 0,25% e negociado a R$ 36,59 a saca.
Bolsa de Chicago
Em mais um dia de volatilidade, os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão em campo negativo. Após testar os dois lados da tabela, as principais posições do cereal encerraram o dia com quedas entre 1,50 e 1,75 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,67 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,69 por bushel. Já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,71 por bushel.
No mercado internacional, as cotações não conseguiram consolidar o terceiro dia consecutivo de alta e finalizaram o dia em queda. O mercado ainda atravessa um momento de escassez de informações que possam alavancar as cotações do cereal. Nos últimos dias, as cotações subiram com o movimento técnico de cobertura de posições vendidas por parte dos investidores.
Nesse instante, as informações de demanda seguem sendo observadas. Amanhã, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 669,2 mil toneladas, no acumulado na semana encerrada no dia 7 de janeiro. Ainda assim, os números oficiais indicam que as vendas de milho estão cerca de 25% abaixo do registrado no mesmo período do ciclo anterior.
Em relação à safra americana, a Informa Economics estimou a área do cereal em 35,96 milhões de hectares. A projeção ficou abaixo do indicado em dezembro, de 35,99 milhões de hectares. Na safra 2015/16, a área total semeada com o grão ficou em 35,61 milhões de hectares e a produção em torno de 345,48 milhões de toneladas, conforme último boletim de oferta e demanda do departamento americano.
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