Com volta das chuvas, controle da ferrugem deve ser intensificado com uso de fungicidas protetores para potencializar ação dos sistêmicos na soja
O retorno das chuvas principalmente no Brasil Central, região que até o momento vinham sofrendo com a estiagem, traz preocupações quanto ao desenvolvimento de doenças.
A alteração do clima que trouxe condições favoráveis para as doenças fungicas, também deve trazer atenção para o uso de defensivos. Segundo o professor da Universidade de Rio Verde (GO), Luiz Henrique Carregal, em algumas localidades chove a mais de quinze dias sem interrupção, e além das condições propícias para os fungos, também há um agravante que é o impedimento dos trabalhos de aplicação dos produtos.
"O intervalo entre as aplicações está muito grande, então é importante que qualquer interrupção na chuv, ele precisa entrar e fazer a aplicação do fungicida", explica o professor.
Além do período de aplicação, é fundamental que os produtores realizam o manejo adequado para evitar a resistência aos produtos curativos. Desde a safra 2011/12 o crescimento de populações resistentes aos princípios ativos existentes no mercado preocupa a cadeia produtiva.
A resistência está relacionada a uma série de fatores, entre elas a utilização em larga escala de fungicidas curativos que possuem ação em um sítio específico do fungo, podendo gerar a resistência através de processo de reprodução do patógeno.
Segundo Carregal uma forma que controlar a resistência é a utilização dos fungicidas protetores que tem ação multissítio, agindo em diversas células do fungo e diminuindo a chance de desenvolvimento da resistência. Os protetores devem ser associados aos produtos sistêmicos, potencializando sua ação e garantindo melhora na produtividade das plantas.
"As recomendação é que o fungicida protetor deve ser usado em todas as aplicações, pois ele não é recomendado somente para a ferrugem, mas para todo o complexo de doenças. Agora no caso especifico da ferrugem asiática ele é ainda mais importante, porque estamos em um período de aumento dos inóculos e não queremos que sobre nenhuma população resistente", explica Carregal.
O diferencial dos fungicidas protetores é sua ação sem penetração na planta que possibilita a ação conjunta em diversos metabolismos da célula do fungo. Segundo Carregal, esse aspecto inibe a germinação dos esporos.
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