Café: Após março/16 se aproximar de US$ 1,16/lb, Bolsa de NY volta a cair nesta 6ª feira com dólar
Os futuros do café arábica voltaram a cair nesta sexta-feira (15) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), após fechar do lado azul da tabela nas últimas duas sessões. De acordo com agências internacionais de notícias, o mercado recua acompanhando a valorização do dólar em relação ao real e o otimismo dos operadores com desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17 nas origens produtoras, principalmente, o Brasil.
Por volta das 11h59, o vencimento março/16 tinha 114,60 cents/lb com baixa de 130 pontos, o maio/16 registrava 116,80 cents/lb com queda de 135 pontos. Já o contrato julho/16 operava com 118,95 cents/lb e desvalorização de 125 pontos, enquanto o setembro/16 anotava 120,95 cents/lb com recuo de 115 pontos.
Com a queda no preço do petróleo e após novo tombo das ações chinesas incentivarem a busca dos mercados por investimentos mais seguros, o dólar comercial voltou subir. Às 11h40, a moeda norte- americana avançava 1,14% sobre o real, vendida a R$ 4,0441.
Os investidores no terminal externo também acompanham o desenvolvimento das lavouras no Brasil e outras origens produtoras. Os estoques de café têm caído nos países consumidores em pleno inverno no Hemisfério Norte, o que sugere maior consumo da bebida. Todas essas informações acabam dando maior otimismo ao mercado e os preços tendem a cair.
Desde o final da semana passada, as principais áreas produtoras de arábica têm recebido bons volumes de chuva, contribuindo para o enchimento dos grãos da safra 2016/17. De acordo com a estimativa mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a colheita brasileira da safra 2016/17 pode chegar a 49,7 milhões de sacas de 60 kg, ante 44,2 milhões de sacas em 2015. Já para o CNC, a colheita do País neste ano deve ficar entre 48 e 50 milhões de sacas, após três safras consecutivas de quebra.
Nas praças de comercialização do Brasil os negócios seguem lentos, a alta do dólar não tem compensado a queda de Nova York e os preços têm recuado ou ficam praticamente estáveis. Na quinta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 478,71 com queda de 2,37%.
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