Meteorologia aponta mudanças no calendário de chuvas, em Goiás

Publicado em 15/01/2016 07:18

O período e a quantidade de chuvas em Goiás tem mudado a cada ano e, para 2016, a meteorologia aponta que o volume das precipitações deve ser maior. A superintendente do Núcleo de Meteorologia da Secretaria de Desenvolvimento do Estado, Rosidalva Lopes, afirmou que um estudo confirma que o período chuvoso está se antecipando, o que deve gerar uma mudança na época de pantio para os produtores rurais.

“A estação chuvosa em nosso estado cada ano que passa ela está sendo divergente da climatologia de 30, 50 anos atrás. Há dois anos, a estação chuvosa se iniciou em torno do dia 11 a 16 de novembro. Este ano já foi confirmado que a estação de chuva se firmou do dia 2 ao dia 6 de novembro”, afirmou Rosidalva.

Conforme a superintendente, estudos climatológicos apontam que este mês está com volume maior de chuva em relação ao ano passado.

“Nós temos chuvas em dias consecutivos e a tendência é que dure todos os dias de janeiro”, disse. Segundo a superintendente, este tipo de chuvas são favoráveis para agricultura e para encher os rios.

Jataí
Em Jataí, no sudoeste do estado, as chuvas regulares favorecem o desenvolvimento de lavouras, de acordo com a climatologista. Produtores estimam começar a colher soja a partir da próxima semana. A estimativa dos agricultores é que a produtividade média fique de aproximadamente 55 sacas de soja por hectare, por conta das chuvas regulares.

No município há cerca de 260 mil hectares de soja. De acordo com os produtores, se o volume da colheita for comparado com o da última safra, pode ser notado um aumento de 12% na produção. Segundo Rosidalva, as cidades das regiões sudoeste e sudeste de Goiás estão sendo beneficiadas mesmo sob o efeito do fenômeno El Niño.

Prejuízos
Apesar da chegada das chuvas em algumas regiões de Goiás, a mudança no calendário climatológico prejudicou muitos produtores rurais da região norte do estado, que registraram prejuízos, já que o planejamento de plantio foi prejudicado.

De acordo com a Federação Agrícola do Estado de Goiás (Faeg), as mudanças do clima provocadas pelo fenômeno El Niño trouxe, só para o norte goiano, prejuízos de R$ 224 milhões.

O agricultor João Zambianco foi um dos produtores que tiveram que reembolsar mais dinheiro para fazer o replantio, como consequência da longa estiagem. “O replantio custa em torno de dez safras de soja. Gastos com óleo diesel, semente, adubo, funcionário. O replante é bem oneroso”, reclama Zambianco.

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G1 - GO

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