Soja: Ainda sem força entre as novidades, mercado de Chicago mantém estabilidade nesta 5ª

Publicado em 14/01/2016 07:22

O mercado internacional da soja segue trabalhando com estabilidade nesta quinta-feira (14). Entre os contratos mais negociados ligeiras perdas vinham sendo registradas e, por volta das 8h (horário de Brasília), a posição março/16 perdeia 1,25 e e valia US$ 8,78 por bushel. 

Embora os últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) tenham se mostrado altisas para as cotações, as modificações apresentadas parecem ter sido ainda insuficientes para trazer uma mudança significativa dos patamares de preços. 

Ao mesmo tempo, as chuvas que continuam chegando às áreas produtoras do Brasil, segundo Bob Burgdorfer, analista do site internacional Farm Futures, atuam como um limitador do potencial de alta dos preços e ainda seguem no radar dos traders. Em seu boletim, o USDA manteve a projeção para a produção brasileira em 100 milhões de toneladas. 

Ainda nesta quinta, novos números chegam do departamento norte-americano atualizando as vendas semanais para exportação, podendo trazer também alguma força aos futuros da oleaginosa dependendo de seu caráter. No acumulado da temporada comercial, até a semana encerrada em 31 de dezembro, os EUA já venderam 38.993,6 milhões de toneladas de soja, volume que fica ligeiramente abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.  

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
 
Soja fecha com leves altas em Chicago nesta 4ª feira e puxa preços no interior do Brasil
 

Os preços da soja fecharam os negócios desta quarta-feira (13) sem uma direção bem definida no mercado brasileiro. Além da influência ainda direta do andamento do dólar, as cotações refletem cenários bastante específicos da entressafra dos principais estados produtores, com o volume de produto disponível é ajustado em todos eles frente a uma demanda ainda bastante forte, tanto para exportação quanto internamente. 

Assim, em algumas das principais praças do Sul do Brasil, no Rio Grande do Sul e no Paraná, os preços se mantêm acima dos  R$ 70,00 por saca e registraram ganhos de 0,68% a 2,86% nesta quarta. Em contrapartida, em pontos de Mato Grosso, as referências caíram ligeiramente, porém, se mantêm na casa dos R$ 68,00, alguns dos mais elevados preços nominais dos últimos anos, bem como aconteceu em Goiás. Já em Mato Grosso do Sul e na Bahia, preçso estáveis, mas também acima de R$ 70,00. Em Luís Eduardo Magalhães, a saca da soja vem negociada em R$ 77,00. 

Nos portos, o mercado chegou a testar valores mais baixos, porém, fecharam a quarta-feira com estabilidade em relação ao dia anterior. Tanto em Paranaguá quanto em Rio Grande, a soja fechou com R$ 85,00 por saca no disponível. Já o mercado a futuro encerrou com R$ 80,00 no terminal paranaense e R$ 81,00 no gaúcho. 

O dólar fechou a sessão desta quarta-feira em queda e pesou sobre os preços. Com os investidores mais dispostos ao risco e migrando para outros ativos, a moeda norre-americana perdeu força e perdeu 0,85%, terminando em R$ 4,01. Na mínima da sessão, porém, a divisa bateu nos R$ 3,97. 

"Boa parte dos mercados globais demonstraram sinais iniciais de volta do apetite por risco, especialmente aqueles ligados a commodities", disse o estrategista para a América Latina do Scotiabank, Eduardo Suarez à agência de notícias Reuters. 

Por outro lado, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta pelo segundo pregão consecutivo. Embora os ganhos tenham se mostrado mais limitados do que os da sessão anterior, o fôlego do mercado ainda foi motivado pelos últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os dados vieram altistas com cortes nos dados de produção e estoques não só norte-americanos, como globais. 

Na safra do Brasil, por outro lado, o USDA não mexeu e manteve os 100 milhões de toneladas. Entretanto, a mesma continua a ser observada pelo mercado internacional, já que gera especulações e projeções divergentes. Os efeitos das adversidades climáticas foram bastante severos e variaram entre o excesso e a falta de chuvas o que, segudno explicam analistas, dificultam o mapeamento das perdas. 

Ainda assim, o mercado internacional da soja, neste pregão, conta com bons dados vindos da China. A Administração Geral da Alfândega do país informou hoje que a balança comercial do país fechou 2015 com bons resultados, entre eles, as importações recordes de soja. As compras subiram mais de 14% no ano e fecharam 2015 com o recorde de 81,7 milhões de toneladas. Para a temporada comercial 2015/16, a projeção é de mais aumento.

Os contratos mais negociados subiram entre 3,50 e 6,25 pontos, levando o contrato março/16 a US$ 8,79 por bushel e o maio/16, referência para a safra brasileira, a encerrar os negócios valendo US$ 8,80. E apesar de patamares ligeiramente mais elevados, a força do mercado para subir novos degraus ainda é limitado, segundo explica o analista de mercado Stefan Tomkiw, da Societé Generalé. 
 
 
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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