Ações chinesas caem no fim da sessão desta quarta-feira com confiança ainda frágil
XANGAI/SYDNEY (Reuters) - As ações chinesas caíram no fim das operações após uma sessão relativamente estável nesta quarta-feira, destacando a fragilidade da confiança do investidor, porém as ações asiáticas tiveram seus primeiros ganhos reais no ano após bons dados do comércio da China jogarem uma pouco de luz sobre a economia global.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,86 por cento, para 3.155 pontos. O índice de Xangai recuou 2,4 por cento, para 2.950 pontos.
As operações na China foram calmas mais cedo, em meio a sinais de que o iuan estava se estabilizando após a intervenção do banco central chinês.
Analistas apontaram, entretanto, que o volume de negócios foi baixo, sinalizando que muitos investidores estavam se mantendo afastados e colocando seu dinheiro em outros lugares.
Por sua vez, às 7h31 (horário de Brasília) o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,39 por cento, afastando-se de seu menor nível desde o final de 2011. O índice Nikkei do Japão fechou com alta de 2,88 por cento.
As exportações da China denominadas em dólares caíram 1,4 por cento em dezembro, quando analistas esperavam queda de 8 por cento. Uma queda de 7,6 por cento nas importações também foi muito menor do que a esperada.
Embora investidores mantenham a desconfiança em relação à validade dos dados, no fim eles oferecem esperanças de que os fluxos comerciais do mundo estão finalmente se estabilizando após um 2015 desanimador.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,88 por cento, a 17.715 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,13 por cento, a 19.934 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 2,40 por cento, a 2.950 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,86 por cento, a 3.155 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,34 por cento, a 1.916 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,72 por cento, a 7.824 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,18 por cento, a 2.696 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,27 por cento, a 4.987 pontos.
(Reportagem de Samuel Shen e Pete Sweeney em Xangai, Wayne Cole em Sydney)
Iuan enfraquece ligeiramente apesar de taxa referencial estável
XANGAI (Reuters) - O banco central da China deixou o iuan estável em sua definição diária da taxa referencial, mantendo o pé no freio para impedir a retomada da queda da moeda, mas ainda assim o iuan enfraqueceu ligeiramente devido à forte demanda corporativa.
Dados melhores do que o esperado da balança comercial de dezembro tiveram pouco impacto direto no mercado cambial.
O banco central havia mostrado sua resolução em parar com a depreciação do iuan ao usar bancos estatais para levar a taxa de juros overnight implícita do iuan acima de 90 por cento em Hong Kong na terça-feira, deixando-o caro demais para especular contra o iuan no exterior.
O banco central chinês resistiu pela quarta sessão seguida ao determinar a taxa referencial do iuan em 6,5630 por dólar antes da abertura do mercado nesta quarta-feira, virtualmente inalterado ante as taxas mais firmes dos dois dias anteriores.
"As empresas ainda precisam bastante de dólares", disse um operador de um banco comercial chinês em Xangai.
"Mas houve alguma pressão quando o iuan tentou tocar 6,58, e a taxa referencial ficou quase inalterada, mantendo a taxa à vista relativamente estável."
(Reportagem de Nathaniel Taplin)
Exportações da China em dezembro caem 1,4%, menos que o esperado
PEQUIM (Reuters) - As exportações da China em dezembro caíram 1,4 por cento na comparação com o ano anterior, enquanto as importações recuaram 7,6 por cento, ambas as quedas muito menores do que economistas esperavam mas provavelmente sem impedir que a economia registre o crescimento anual mais fraco em 25 anos.
Isso deixou o país com um superávit comercial de 60,09 bilhões de dólares no mês, informou nesta quarta-feira a Administração Geral de Alfândega.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que as exportações denominadas em dólares caíssem 8,0 por cento e as importações, 11,5 por cento.
(Reportagem de Xiaoyi Shao, Sue-Lin Wong e Meng Meng)
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