Milho: Em Paranaguá, preço sobe pelo 2º dia consecutivo e alcança novo recorde de R$ 44,00 a saca nesta 3ª feira

Publicado em 12/01/2016 16:57

No Porto de Paranaguá, o preço do milho subiu pelo 2º dia consecutivo e alcançou novo recorde ao fechar a terça-feira (12) a R$ 44,00 a saca. A valorização foi de 2,33% em relação ao dia anterior, no qual, a cotação saltou 13,16% e fez com os valores chegassem a R$ 43,00/saca. De acordo com os analistas, as exportações aquecidas contribuíram para enxugar boa parte da oferta da segunda safra e a demanda interna firme são fatores que contribuem para a sustentação das cotações.

"Os preços do milho no Brasil iniciaram o ano em alta, impulsionados pelas exportações aquecidas, que reduzem o excedente interno e sustentam os preços das operações spot, de contratos antecipados e também de futuros na BM&FBovespa", informou o Cepea no início dessa semana.

E, apesar da leve queda registrada no câmbio hoje, os preços do milho se mantiveram sustentados no mercado doméstico, segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. A cotação do milho subiu 1,85% em Cascavel (PR), com a saca a R$ 27,50. Em São Gabriel do Oeste (MS), a valorização ficou em 13,79% a saca a R$ 33,00.

Já na BM&F Bovespa, os futuros da commodity subiram pelo segundo dia consecutivo e exibiram valorizações de mais de 3% nesta terça-feira (12). O vencimento janeiro/16 era fechou o dia a R$ 41,80 a saca e alta de 3,34%, o vencimento março/16 cotado a R$ 42,30 a saca e ganho de 3,35%. Os contratos maio/16 e setembro/16 exibiram altas menos expressivas entre 2,67% e 0,16%, negociados a R$ 40,80 a saca e R$ 38,30 a saca, respectivamente.

Por sua vez, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 4,0452 na venda, com queda de 0,16%. Segundo dados da agência Reuters, o dólar caiu depois da China intensificar seus esforços para estabilizar o iuan, porém, o recuo das cotações do petróleo aumentou a aversão ao risco e acabou limitando o movimento.

Ainda hoje a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safra de verão de milho em 27.764,8 milhões de toneladas nesta temporada. Na temporada anterior, os produtores brasileiros colheram ao redor de 30.082,0 milhões de toneladas do cereal. Conforme dados da entidade, a área semeada com o grão caiu 7,8% nesta safra atingindo 5.665,3 mil hectares.

A região Centro-Sul foi a que apresentou a maior redução de área, em torno de 10,6%. Em Minas Gerais, a área destinada ao grão neste ciclo caiu de 1.022,4 milhão de hectares para 875 mil hectares, uma redução de 14,4%. No Paraná, ao recuou foi de 20,9%, com a área em 429,1 mil hectares, contra os 542,5 mil hectares da safra 2014/15. No Rio Grande do Sul, a área ficou 900 mil hectares, frente aos 941 mil hectares do ano anterior.

Para os estoques, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou o número dos estoques brasileiros em 7,67 milhões de toneladas hoje. Em dezembro, o número estava em 8,67 milhões de toneladas.

Em relação às exportações, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) informou que os embarques do cereal somaram 1.067,7 milhão de toneladas na primeira semana de janeiro de 2016. Os analistas reforçam que o volume exportado já supera as 30 milhões de toneladas no acumulado da temporada. Somente para janeiro, as nomeações indicam um volume superior as 5,5 milhões de toneladas comprometidas. Com o volume acumulado, o Brasil já deixou para trás o recorde de 2013, com 26,6 milhões de toneladas embarcadas.

Bolsa de Chicago

O pregão desta terça-feira (12) foi positivo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal encerraram o dia com valorizações entre 4,75 e 5,00 pontos. O contrato março/16 era cotado a US$ 3,56 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,52 por bushel. Já o vencimento maio/16 era negociado a US$ 3,62 por bushel e o setembro a US$ 3,74 por bushel.

Conforme informações do site internacional Farm Futures, as cotações acabaram encontrando suporte nos novos números de oferta e demanda reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje. No caso da produção mundial da temporada 2015/16, o órgão revisou para baixo a safra que passou de 973,87 milhões para 967,93 milhões de toneladas do grão.

Do mesmo modo, os estoques finais globais foram revistos para baixo e caíram de 211,85 milhões para 208,94 milhões de toneladas. A safra dos EUA foi estimada em 345,48 milhões de toneladas, contra as 346,82 milhões de toneladas estimadas no boletim de dezembro. As exportações também apresentaram modificação e foram indicadas em 43,18 milhões de toneladas. No boletim anterior, as exportações foram projetadas em 44,45 milhões de toneladas. O volume de milho destinado à produção de etanol permaneceu inalterado em 132,09 milhões de toneladas.

Recentemente, as cotações têm operado de maneira bastante técnica frente à falta de informações que possam alavancar as cotações do cereal, conforme ressaltam os especialistas. Ainda ontem, os embarques semanais de milho, na semana encerrada no dia 7 de janeiro, os números ficaram em 550,258 mil toneladas. O volume ficou acima das expectativas dos investidores entre 350 mil a 500 mil toneladas, segundo dados do departamento norte-americano. Contudo, o número ainda está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

>> MILHO

>> Clique aqui e confira mais informações do boletim de oferta e demanda do USDA

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • jose renato da silva Uberlândia - MG

    Ainda não vimos o Notícias Agrícolas manifestar-se sobre a grave situação do abastecimento de milho. Será que ainda não perceberam que as granjas irão ficar desabastecidas por falta de milho? Não é o preço que está dificultando as compras e sim a quantidade de milho que não vai abastecer o mercado até a entrada da safra verão... Prestem atenção nisso. Abraços

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