Chuvas preocupam os produtores rurais na região de Toledo (PR), há relatos de soja brotando em algumas áreas
O excesso de umidade continua sendo uma grande preocupação dos produtores rurais e já começa a atrasar o início da colheita da soja em Toledo (PR). Desde o último domingo (10), os agricultores têm algumas áreas prontas a serem colhidas, porém, o clima não tem contribuído e já há relatos da soja brotando nas plantações.
E as previsões climáticas continuam a indica chuvas para a região pelo menos ao longo dessa semana. Na visão do presidente do Sindicato Rural do município, Nelson Paludo, a perspectiva é que os trabalhos nos campos tenham início a partir da próxima semana. Ainda assim, a liderança destaca que seria necessária uma semana de tempo aberto e firme para a colheita do grão.
Apesar do cenário, a perspectiva é de que a produtividade fique próxima da obtida na temporada anterior, de 60 sacas do grão por hectare. “Também tivemos uma preocupação muito grande em relação às doenças. Os produtores tiveram que investir mais em fungicidas e realizar mais aplicações”, pondera Paludo.
Comercialização da soja
Diante da valorização cambial, os produtores realizaram mais negócios antecipados, o volume está entre 20% até 30%. Já os preços giram em torno de R$ 64,50 a saca até R$ 75,00 a saca da oleaginosa. E, por enquanto, não há uma apreensão com a entrega dos contratos como em outras regiões do país.
Milho
Com o atraso na colheita da soja, os produtores também estão atentos ao atraso no plantio do milho safrinha. “Um atraso entre 1 semana até 15 dias poderíamos ter uma redução no potencial produtivo das plantas. O cereal cultivado em janeiro apresenta bom rendimento, ano passado, a produtividade média ficou em 7,2 mil quilos do grão por hectare. E a semeadura do grão deve ser finalizada em fevereiro na região”, destaca o presidente.
E com a mudança nos preços, muitos produtores já adquiriram os insumos e sementes para a próxima temporada. Negócios também foram feitos entre R$ 28,00 a R$ 29,00 a saca do milho.
“Ainda assim, acreditamos que esse será um ano de cautela aos produtores. É preciso olhar o caixa da produtividade. 2016 não será um ano de tantos financiamentos, então o produtor deve começar a safra com recursos próprios e garantir o menos possível do Governo”, orienta o presidente do sindicato.
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