Chuvas voltam ao cinturão produtivo de café a partir de hoje; no Sul de Minas, volumes podem superar 70 mm
O cinturão produtivo de café do Brasil deve voltar a ter chuvas mais consistentes a partir de hoje e durante todo o final de semana, após dias quentes e com poucos volumes sendo registrados. No Sul de Minas Gerais, importante região produtora da variedade arábica, por exemplo, o volume acumulado nos próximos cincos dias pode ser superior a 70 milímetros.
Segundo o meteorologista da Somar Meteorologia, Tiago Robles, durante todo o mês de janeiro as condições climáticas devem ser favoráveis para o desenvolvimento das lavouras do Sudeste. "As regiões produtoras de café terão um mês com cara de verão, serão registrados altos volumes de chuva com boa distribuição", diz.
Nas áreas produtoras de café conillon do Espírito Santo, estado que enfrentou grave seca no ano passado, as chuvas também devem chegar neste final de semana com volumes acumulados de até 30 mm. No Sul de Minas, as precipitações podem superar os 70 mm e no Paraná 100 mm.
Vale lembrar que os cafezais estão em fase de enchimento de grãos e precisam de chuvas para um desenvolvimento adequado na safra 2016/17. O Brasil encerrou o ano passado com a terceira safra consecutiva de quebra. O País que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo enfrentou condições climáticas adversas em praticamente todo o cinturão produtivo.
Neste ano, os envolvidos de mercado estão mais otimistas com a colheita de café do Brasil. As principais regiões produtoras têm recebido chuvas desde outubro, as floradas foram boas e a safra é de alta bienalidade para a maioria das regiões. No entanto, Tiago Robles explica que em fevereiro a irregularidade nas precipitações e as altas temperaturas devem voltar ao cinturão produtivo. "Em fevereiro do ano passado as áreas de café tiveram mais umidade, mas agora o cenário deve ser pior", pondera.
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