Economia: Maior erro foi não perceber tamanho da desaceleração, reconhe Dilma
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que quer que a inflação retorne para a banda superior da meta de inflação, ou seja, 6,5%, ainda este ano. E que seu governo vai “fazer de tudo” para cumprir o superávit de 0,5% do PIB. Em entrevista a jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto pela manhã, ela afirmou crer que 2016 será um ano melhor do que o ano passado porque, segundo ela, os fatores que levaram à alta dos preços em 2015 estão em declínio. Em um raro mea-culpa, Dilma disse que o maior erro do governo foi não perceber, ainda em 2014, o tamanho da desaceleração da economia.
— Nosso objetivo é que ela (a inflação) volte o mais rapidamente para o centro da meta. O Banco Central está falando que nós olharemos isso num horizonte de até 2017, a respeito dos 4,5%. Eu estou dizendo que nós queremos nos aproximar da banda de cima da meta o mais rápido possível este ano — afirmou.
Ao assumir o erro de não ter previsto a desaceleração, Dilma também citou a seca e reconheceu que outro erro pode ter ocorrido: o de não ter tomado medidas na rapidez necessária. Ela ressalvou que todas as atividades humanas são passíveis de erros. Ela citou como fatores externos crises econômicas em países com os quais o Brasil se relaciona e a queda “brutal” no preço das commodities.
— O maior erro do governo, estou falando de 2014 e que teve repercussão em 2015: nós, como muitos, não percebemos o tamanho da desaceleração que ocorreria em decorrência de efeitos externos e internos. Você pode ter tido outros (erros) também, o de não ter tido rapidez em tomar alguma medida. Qualquer atividade humana é passível de erro.
Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo.
Na ISTOÉ: "Qualquer atividade é passível de erros', reconhece Dilma
Instada a fazer uma avaliação sobre os erros que o governo cometeu nos últimos anos, a presidente Dilma Rousseff afirmou durante um café com jornalistas, nesta quinta-feira, 7, que o maior deles foi não ter percebido o tamanho da crise que atingiria o Brasil em 2015.
"O maior erro foi não ter visto que a crise era tão grande em 2014, não ter visto o tamanho da desaceleração em decorrência de problemas internos e externos", disse.
Ela citou como exemplos que prejudicaram o desempenho da economia a instabilidade de economias como a China e o fato de o Brasil estar enfrentando uma das maiores secas das últimas décadas.
Segundo a presidente, "qualquer atividade é passível de erro" e agora cabe ao governo apresentar medidas para contorná-los. Um dos caminhos sugeridos por ela foi colocar efetivamente em prática a reforma administrativa, para reduzir a burocracia. Uma da
"Vamos continuar a reforma administrativa, crucial para corrigir erros do governo. A burocracia talvez seja o maior erro do governo", disse.
Segundo Dilma, uma das ideias que o governo está estudando é criar uma espécie de "Casa do Governo" em cada Estado, que reunirão os diversos órgãos da administração federal em um único local, o que diminuiria a despesa com aluguéis de imóveis, por exemplo.
Dilma diz que nunca discutiu 'guinada à esquerda'
A presidente que nunca discutiu uma “guinada à esquerda” na política econômica com a cúpula do PT e disse estar preocupada em assegurar o equilíbrio fiscal, o crescimento e em combater a inflação. Em café da da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, Dilma afirmou que não responde “só ao PT nem só ao PMDB”, mas a toda a sociedade.
“Eu não acho que estamos num País integrado só por pessoas que pensam igualzinho”, afirmou a presidente. “Acho muito bom que o PT tenha suas posições. Agora, o governo não responde só ao PT, só ao PMDB e só a qualquer um dos partidos da base aliada. Responde a todos, mas também responde às necessidades da sociedade”.
A presidente disse que ninguém do PT pediu a ela uma “guinada” nos rumos da economia. “Olha, para mim não falaram isso”, desconversou. Ao ser lembrada que o presidente do partido, Rui Falcão, divulgou uma nota em dezembro, logo após a nomeação de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda, cobrando ousadia na política econômica para devolver à população a “confiança perdida após a frustração dos primeiros atos de governo”, Dilma abriu um sorriso. “Nota a gente pode fazer, todo mundo pode soltar nota, eu também solto”.
Ela ressalvou, porém, que nenhuma sigla da base aliada terá privilégio em detrimento de outra, quando o governo for analisar as propostas. “Nenhum partido dentre os que integram a base pode superar (a opinião) de outro”, insistiu. Nas fileiras do PT, o plano de governo de promover uma reforma da Previdência neste ano eleitoral é chamado de “suicídio político”.
Inflação e superávit
Dilma ainda disse que fará "o possível" para garantir superávit primário de 0,5% neste ano e assegurar que a inflação comece a convergir para o centro da meta, de 4,5%. Para a presidente, a "banda de cima", com teto de 6,5%, tem de ser alcançada o mais rapidamente possível.
Depois de avisar que "todo o governo está empenhado em garantir" que 2016 seja melhor do que 2015, a presidente avisou que "se aprovar a CPMF e a DRU (desvinculação das receitas da União), se estas propostas forem encaminhadas e se estabilizar a economia, a inflação irá convergir para a meta".
E depois de dizer que vai lutar "com unhas e dentes" para manter a expectativa positiva da economia, emendou: "precisamos criar um outro ambiente no Brasil, com outras expectativas".
Dilma repetiu ainda que parte dos recursos da CPMF irão para os Estados e municípios e que estes recursos ajudarão a resolver os problemas graves da Saúde, principalmente no Rio de Janeiro. "Eu te asseguro que uma parte expressiva (da CPMF) resolve (o problema da saúde)", disse ela, ao salientar que é preciso que exista esta fonte de recursos.
2 comentários
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Telmo Heinen Formosa - GO
A definição correta para quem não sabe o que deveria saber é "IGNORANTE'! E fica por isso... Cadê a indignação geral? E o questionamento dos rerpórteres? Por isso, os Equerdopatas SONHAM com a "revolução" proletária, com a tomada do poder por uma elite da esquerda, nas quais eles estão incluídos, obviamente, afinal são da mesma TRIBO! Consequentemente, ocuparão, POR INDICAÇÃO, UM CARGO COMISSIONADO EM ALGUMA REPARTIÇÃO QUALQUER , onde ganharão um bom salário para poder aplicar seus "vastos e necessários conhecimentos" adquiridos durante anos na luta pela derrubada do SISTEMA CAPITALISTA imundo.
NESSA FASE, mudam e se contradizem: cortarão o cabelo, usarão terno, passarão a apreciar bons vinhos e restaurantes. E, dependendo do cargo que ocuparão, até motorista particular terão! E, SEM DÓ, ENFIARÃO A MÃO ? E COM MUITO TESÃO ? no dinheiro dos cofres da NAÇÃO!!! Claro, que pela nobre causa socialista e para o bem dos trabalhadores, POSTURA SEM NOÇÃO! Grave isto: Socialismo é lindo...quando você é o vadio que recebe o lucro subtraído dos esforçados! Colaboração de EDSON F. NASCIMENTO - PSIQUIATRA E PSICOTERAPEUTA É flagrante a constatação em todo lugar a carencia de administradores profissionais no Setor Público!Sr. TELMO ... PARABÉNS !!!
Para os interessados aí está um belo artigo: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,compreender-bem-a-democracia-e-a-republica,10000006468
João Paulo Pegoraro Luís Eduardo Magalhães - BA
O maior erro foi tentar empurrar o problemão com a barriga, e tentar levar tudo escondidinho sabe-se lá ate quando!!!!
Como as coisas melhorão, se o governo continua gastando muito, e de maneira errada , os gastos do governo só vai crecendo e nenhuma medida é tomada, como pode melhorar a situação deste país?