Café: Bolsa de Nova York inicia 2016 com queda de quase 300 pts com dólar e clima no Brasil

Publicado em 04/01/2016 16:53

Nesta segunda-feira (4), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de quase 300 pontos nos principais vencimentos. Os investidores repercutem no mercado a forte valorização do dólar ante o real e as chuvas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. As cotações ficaram do lado vermelho da tabela durante toda a sessão, mas reduziram as perdas no final dos trabalhos com recompras de fundos sendo registradas.

Os lotes com vencimento para março/16 encerraram o pregão de hoje cotados a 124,20 cents/lb com 250 pontos de desvalorização, o maio/16 anotou 126,05 cents/lb com baixa de 275 pontos. Já o contrato julho/16 encerrou o dia com 127,95 cents/lb e 280 pontos de queda, enquanto o setembro/16 teve 129,65 cents/lb com recuo de 290 pontos.

Para o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville "estão chegando algumas previsões de clima melhor" para o Brasil em Nova York e isso pressionou as cotações neste primeiro pregão de 2016. Além das chuvas, ele também apontou que alguns fatores macroeconômicos estão suprimindo os preços gerais das commodities e também pesando sobre a moeda brasileira. O dólar mais valorizado ante o real acaba dando maior competitividade às exportações da commodity.

Pela manhã, a moeda estrangeira chegou a subir 2,5% ante o real por aversão ao risco, após a atividade industrial na China mostrar retração pelo 10º mês seguido, reacendendo as preocupações sobre a economia do país asiático. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,0339 reais na venda com alta de 2,18%.

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Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que nestes primeiros dias de 2016 as precipitações mais fortes devem cair sobre o Cerrado de Minas e sul da Bahia. No restante do cinturão produtivo, os volumes prometem sem bem menores do que o registrado nos últimos dias do ano passado.

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Mercado interno

Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia no mercado interno foi de poucos negócios. "A maioria dos operadores estão retornando as suas bases e assim, quem sabe, poderemos ter a liquidez rotineira sendo presenciada no decorrer da semana", afirma.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 592,00 e alta de 2,07%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 5,77% e R$ 550,00 a saca.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 594,00 a saca com avanço de 2,06%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com valorização de 5,94% e saca cotada a R$ 535,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 531,00 a saca e valorização de 2,31%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 6% e saca valendo R$ 530,00.

Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 495,55 com alta de 2,31%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta segunda-feira. O contrato janeiro/16 teve US$ 1.489,00 por tonelada com queda de US$ 2, o março/16 registrou US$ 1.537,00 por tonelada e avanço de US$ 7, enquanto o vencimento maio/16 teve US$ 1.565,00 por tonelada com valorização de US$ 8.

Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,44 com avanço de 0,08%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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